Publicado em 26/02/2016 às 09h40.

Maternidades baianas têm atendimento ruim, aponta relatório

Diagnóstico foi dado pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia após pesquisa em 11 unidades públicas; Secretarias de saúde divergem

Redação
Foto: Carol Garcia/GOVBA
Foto: Carol Garcia/GOVBA

 

Além dos já tradicionais medos e desafios que envolvem a decisão de trazer uma criança ao mundo, as mães baianas precisam se preocupar também com as condições das maternidades disponíveis no estado. Relatório da Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba) foi apresentado ao público nesta quinta-feira (25).

O diagnóstico do documento é de que as maternidades públicas precisam melhorar a estrutura física e a gestão. A consequência imediata do mau gerenciamento é a superlotação e peregrinação de grávidas nas unidades, à procura de vagas. Conforme o presidente da Sogiba, Carlos Lino, o relatório, que detalhou problemas em 11 unidades do estado, foi entregue ao gestor da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas, no mês passado. No entanto, a associação ainda aguarda uma reunião para discutir o assunto com a pasta.

Jogo de empurra – Por meio de nota, a Sesab informou que diversos ajustes foram realizados após a entrega do documento e que o governo “vem assumindo” a assistência integral ao parto no município de Salvador, mesmo que a sua responsabilidade seja apenas para os casos de alto risco. Ainda segundo o órgão, se não houvesse maternidades mantidas pelo Estado, a exemplo da Tsylla Balbino, do Instituto de Perinatalogia da Bahia (Iperba) e os hospitais Albert Sabin, José Maria de Magalhães, João Batista Caribé e Roberto Santos, “os soteropolitanos que nascem todos os anos e que precisam do Sistema Único de Saúde (SUS) viriam à luz em outros municípios”.

Por outro lado, o secretário municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, rebateu a acusação da Sesab. “Ela está fugindo da sua responsabilidade por opção própria. De forma tradicional, ela sempre ofereceu essa oferta de serviços, expandindo a rede. Em 2012, o município perdeu a gestão da Climério de Oliveira por decisão do governo do estado. Como é que agora muda de posição? A culpa agora é do município? Isso é uma piada”, frisou.

Com informações do A Tarde.

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