Publicado em 22/05/2019 às 17h50.

Número de tartarugas mortas chega a 68 no estado

Nos primeiros cinco meses deste ano foi registrado um crescimento em torno de 40% na quantidade de óbitos, na comparação com o mesmo período em 2018

Rayllanna Lima
Foto: Divulgação/Projeto (a)mar
Foto: Divulgação/Projeto (a)mar

 

A falta de conscientização da população brasileira continua causando danos a animais marinhos e ao meio ambiente. A poluição do mar e a pesca irregular são, inclusive, alguns dos principais motivos apontados por especialistas para justificar o aumento no número de tartarugas encontradas mortas na Bahia.

Nos primeiros cinco meses deste ano foi registrado um crescimento em torno de 40% na quantidade de óbitos, na comparação com o mesmo período em 2018, segundo o médico veterinário e o subcoordenador do Projeto (a)mar, Wellington Laudano.

No domingo (19) a 68ª tartaruga marinha foi encontrada morta no litoral sul da Bahia. O número já corresponde a metade do anotado ao longo de todo o ano passado, quando 136 tartarugas morreram.

De acordo com a estimativa de Laudano, 80% dos óbitos ocorreram por emalhe em rede de pesca – seja de arrasto, espera ou de espinhel.

“Os óbitos foram registrados entre Marau e Canavieiras, com concentração maior no município de Ilhéus. A maior incidência de mortes são de tartarugas verdes, porque elas utilizam nosso litoral para alimentação, normalmente ficando conosco entre 5 a 20 anos, para depois começar a se reproduzir. Ficam mais próximas à costa para se alimentar e acabam se deparando com plásticos, lixos. São muita as vítimas de emalhes incidentais em redes de pesca. Somente 10% das mortes de animais marinhos que ocorrem no mar são chegam à praia. “, disse.

Na análise da bióloga Stella Tomás, que também trabalha junto ao Projeto (a)mar, a maioria das mortes se dá por conta da interação antrópica, ou seja, quando as ações realizadas pelo homem provocam alterações na natureza.

“O homem tem que ter a consciência e o respeito pelo meio ambiente. Tratar ele de forma mais comum e menos negligente”, afirmou.

Os integrantes do programa alertam ainda sobre as primeiras medidas a serem tomadas em caso de localização de animal marinho encalhado na praia.

“Em nenhum momento tente colocar de volta ao mar, mesmo o animal ainda estando com vida. Pegue um paninho úmido para que ele não fique desidratado e chame os órgãos competentes. Acione a gente ou mesmo o projeto Tamar, Ibama ou polícia ambiental, que eles acionam a gente”, aconselhou o subcoordenador do projeto, Wellington Laudano.

O projeto pode ser acionado pelo telefone/WhatsApp (73) 99812-2850, bem como pelas redes sociais (@projeto.amar.ba).

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