Publicado em 14/11/2024 às 11h16.

Operação do MP prende suspeito de operar esquema nacional de lavagem de dinheiro de facção

Homem seria um dos principais comparsas de Valdeci Alves dos Santos, investigado chefe do grupo preso desde 2022 em um presídio federal

Redação
Foto: Assessoria/Ministério Público da Bahia

 

Um homem apontado como operador de um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas de uma facção com atuação nacional foi preso na manhã desta quinta-feira (14), em Vitória da Conquista, sudoeste baiano.

Ele foi alvo da Operação Argento, deflagrada conjuntamente pelo MP-BA (Ministério Público da Bahia), MP-RN (Ministério Público do Rio Grande do Norte) e Receita Federal. O nome do suspeito não foi divulgado.

Segundo o MP-BA, ele seria um dos principais comparsas de Valdeci Alves dos Santos, investigado como cabeça do esquema e um dos chefes da facção. Apelidado de Pintado, Vermelho, Prateado, Colorido ou Tio, Valdeci está preso desde abril de 2022 em um presídio federal.

Há indícios de que ele tenha mantido as atividades ilícitas do tráfico de entorpecentes e da lavagem de dinheiro por meio de parentes e comparsas de sua confiança fora da unidade prisional.

Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e um de prisão preventiva. Além das cidades baianas de Conquista e Urandi, as diligências ocorrem em Natal, São Paulo e Pará.

De acordo com o MP-BA, o grupo lavava os recursos por meio de empresas de fachada, compra e venda de imóveis de luxo e aquisição de cavalos de raça.

Na Bahia, houve apreensão de dinheiro, celulares, joias e outros materiais que serão analisados para aprofundar as investigações.

A Justiça também determinou bloqueio de mais de R$ 2 bilhões em bens e valores vinculados à facção, em uma tentativa de desestabilizar a estrutura financeira da organização.

O bloqueio alcançou a indisponibilidade de bens de 101 pessoas. Segundo o MP-RN, antes da operação, foram analisadas 468 contas bancárias por meio das quais foram movimentados R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024.

A ação é um desdobramento da Operação Plata, realizada em fevereiro de 2023, e que já havia desvendado parte da estrutura do grupo, o que resultou em prisões e condenações de vários membros.

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