Publicado em 28/08/2025 às 15h36.

Combate ao crime organizado se faz com inteligência, diz Felipe Freitas

Secretário destaca integração entre forças policiais no combate ao crime

Redação
Foto: Ascom/Setre

 

A Receita Federal e diversos órgãos parceiros deflagraram, nesta quinta-feira (28), a Operação Carbono Oculto, considerada a maior ação contra o crime organizado da história do país em termos de cooperação institucional e alcance. O objetivo é desmantelar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Avaliando o contexto da ação, o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, reforçou a importância da inteligência investigativa para combater as facções criminosas.

“Essa ação do governo Lula contribui amplamente para enfrentar a violência na nossa sociedade e reforça a lógica de que só com inteligência e investigação venceremos o crime organizado. É a maior e mais bem-sucedida operação de enfrentamento ao crime, feita com planejamento e respeito à legalidade. Uma operação vitoriosa, sem disparar tiros a esmo, sem colocar em risco a vida de profissionais de segurança e sem violar direitos das comunidades”, afirmou Freitas.

“Não podemos ceder ao discurso de que ‘bandido bom é bandido morto’, nem repetir a estupidez de achar que a simples ação armada resolverá o problema da segurança no Brasil”, completou o secretário, destacando a cooperação institucional e a amplitude da operação como fatores essenciais para seu sucesso.

As investigações miram toda a cadeia de combustíveis controlada pelo crime organizado — da importação e produção até a distribuição, venda ao consumidor final e posterior ocultação de patrimônio via fintechs e fundos de investimento.

A articulação envolveu, além da Receita Federal e da Polícia Federal, as polícias Civil e Militar, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal (Gaerfis). Ao todo, mais de 350 alvos — entre pessoas físicas e jurídicas — foram investigados por crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

“Os bilhões de reais que movimentam o tráfico não estão nas favelas. Circulam nas mãos de grandes empreendedores do crime, que precisam ser alcançados com ações investigativas fortes e integradas, com apoio dos órgãos de inteligência financeira e participação ativa da Receita Federal”, ressaltou Freitas. Ele também parabenizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua equipe pela condução de uma “arrojada política de combate aos privilégios tributários”, que contribui para um país mais seguro e com respeito às leis e aos direitos fundamentais.

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