Publicado em 09/04/2025 às 08h37.

PM influencer Tchaca, Nanan Premiações e Ramhon Dias estão entre presos em ação contra rifas

Operação ocorre em bairros da Grande Salvador, São Felipe, Juazeiro, Nazaré e Vera Cruz, onde o grupo tinha forte atuação, segundo a polícia

Alexandre Santos / André Souza
Fotomontagem:
Lázaro Alexandre, o Tchaca; José Roberto Santos, o Nanan Premiações; Ramhon Dias; e Franklin Reis

 

O policial militar e influencer Lázaro Alexandre, o Tchaca, e mais cinco militares estão entre os 22 presos preventivamente na manhã desta quarta-feira (9) no âmbito da Operação Falsas Promessas 2, que visa desarticular uma organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro fruto de rifas ilegais. A ação ocorre em bairros da Grande Salvador, São Felipe, Juazeiro, Nazaré e Vera Cruz, onde o grupo tinha forte atuação. Foram movimentados cerca de R$ 680 milhões em bens e valores, segundo as investigações.

José Roberto Santos, conhecido como Nanan Premiações, a esposa dele, Gabriela Silva, e o influenciador Franklin Reis, conhecido nas redes sociais pelo personagem de humor Neca, também foram alvos das diligências. Já o rifeiro Ramhon Dias foi localizado em São Paulo. As informações foram confirmadas pelo bahia.ba com agentes da Polícia Civil.

Na primeira fase da operação, em setembro, Ramhon Dias chegou a ficar preso preventivamente no Conjunto Penal da Mata Escura, mas ganhou liberdade junto em dezembro. Em outubro, seis outros investigados foram liberados, incluindo Nanam Premiações. A reportagem tenta contato com as defesas dos suspeitos.

As investigações, no entanto, apontam que o grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de alto valor, com resultados manipulados para beneficiar integrantes da organização. Empresas de fachada e pessoas interpostas eram utilizadas para ocultar a origem dos valores ilícitos.

Na residência de Nanan e Gabriela, um condomínio de alto padrão na Estrada do Coco, foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebooks. A Justiça determinou ainda sequestro de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, somando um bloqueio total de R$ 680 milhões em bens e valores.

Quatro investigados são descritos como lideranças da organização criminosa teriam papel central no planejamento e coordenação das atividades ilícitas do grupo em diferentes áreas.

Segundo as apurações, os suspeitos mantinham uma estrutura sofisticada de transações financeiras, com empresas de fachada e pessoas interpostas para disfarçar a origem dos valores obtidos ilegalmente.

Policiais militares da ativa e ex-PMs apontados como integrantes do esquema ofereciam proteção, forneciam informações privilegiadas e, em alguns casos, atuavam diretamente como operadores das rifas fraudulentas.

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