Relação entre crescimento da Guillain-Barré e Zika é estudada
Número de casos da doença aumentou no nordeste; na Bahia, a quantidade de ocorrências mais do que dobrou em apenas 5 meses: passou de 29 para 64 neste ano
Os casos da síndrome Guillain-Barré, que é uma doença neurológica rara que pode provocar fraqueza muscular e paralisia – temporária ou não – dos membros, cresceu do ano passado para cá e o aumento das ocorrências em algumas regiões pode ter relação com a chegada do Zika vírus no país, segundo apontou especialistas. O Ministério da Saúde informou que está estudando a possível correlação e, por isso, até o momento não confirmou a ligação entre a síndrome e o vírus.
O crescimento da Guillain-Barré foi percebida em seis estados brasileiros somente neste ano. Na Bahia, foram registrados 64 casos em 2015, mas não há dados disponíveis sobre anos anteriores. Porém, a quantidade de casos mais do que dobrou em apenas 5 meses: em julho, havia 29 casos confirmados. Em Pernambuco, foram 121 casos a mais do que o ano passado. No Rio Grande do Norte houve um aumento de 23 para 33 casos, de 2014 para 2015. No Piauí, teve 42 casos em 2015, contra 23 casos em 2014. O estado de Sergipe registrou 28 casos este ano, sendo que em 2014 não há registro de nenhum caso. No Maranhão teve 32 casos; quando, no ano passado, foram dez.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a síndrome começou na Bahia logo após o surto de Zika, que começou a ser identificada a partir de fevereiro de 2015 devido aos casos que apresentavam sinais e sintomas que se assemelhavam à dengue, mas com características clínicas diferentes, como manchas na pele e febre de baixa intensidade.
O que é – A síndrome de Guillain-Barré começa a se manifestar por formigamento nos pés e pernas e pode afetar pessoas de qualquer idade, especialmente adultos mais velhos. O formigamento e a alteração da sensibilidade dos membros é ascendente, ou seja, vai subindo para os joelhos, coxas, mãos e braços e é acompanhado de fraqueza nos músculos e paralisia. Os sintomas podem atingir os músculos da face e da respiração, o que faz com que o paciente precise ser tratado em unidades de terapia intensiva (UTI). A doença ocorre, na maioria dos casos, algumas semanas após uma infecção por vírus ou bactéria.
O tratamento da doença é relativo, a síndrome pode regredir de maneira espontânea como também é possível usar métodos que aceleram a recuperação. Um deles é a plasmaférese, procedimento que lembra a hemodiálise, em que o sangue é filtrado para remover os anticorpos que estão lesando os nervos do paciente. O tratamento exige uma estrutura hospitalar complexa e uma equipe com experiência em hemoterapia. O outro tratamento é através de injeção de imunoglobulina humana, que faz com que os anticorpos deixem de atacar os próprios nervos. O tratamento de um único paciente com essa estratégia pode custar entre R$ 30 e 40 mil.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem 35 procedimentos para tratamento da síndrome, entre diagnósticos clínicos, cirúrgicos, de reabilitação e medicamentos. É importante que o paciente fique internado durante a doença porque, caso a paralisia afete os músculos respiratórios, ele precisa ser submetido à ventilação mecânica. Mesmo pacientes com sintomas mais leves devem ser internados, pois a doença pode evoluir rapidamente.
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