Governador atribui ideia de privatização da Bahiagás à ‘terminologia errada’

Segundo o governador, o Governo do Estado não pretende 'zerar a participação do Estado na companhia'

Cássio Santana / Jamile Amine

O governador Rui Costa negou que o Governo do Estado pretenda privatizar a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás). Segundo o gestor, por conta de uma ‘terminologia errada’ em uma publicação no Diário Oficial do Estado, a ideia de privatização circulou na imprensa. Na verdade, conforme explicou o petista, o Governo Federal vendeu ativos da Gaspetro na Bahiagás com um ‘valor muito baixo’. O Governo do Estado, então, comprou essa parcela de participação na companhia com a intenção de revendê-la no futuro, mas mantendo a presença do Estado como sócio majoritário da Bahiagás .

“A publicação [no Diário Oficial do Estado] foi retirada por conta de uma terminologia errada. A Petrobras licitou sua própria participação nas companhias de gás, inclusive da Bahia, vendeu, e a nossa avaliação é que ele vendeu por um preço muito baixo. Como a Bahia é sócia da empresa, tinha 17% da empresa, e o preço que foi vendido era um preço na nossa opinião muito abaixo, e para que Bahia não tivesse prejuízo, resolvemos comprar a parte que o Governo Federal pretendia entregar à iniciativa privada por um preço baixíssimo, porque quando se permite que uma empresa que você é sócio seja vendida por um preço baixo, você tá perdendo o valor da parte que você tem.”, explicou o governador.

“Então nós resolvemos , como nós tínhamos direito e opção de compra, nós exercemos o direito de compra e compramos a parte que o Governo Federal vendeu. Então além das 17% [de participação na companhia] que nós tínhamos, nós compramos a parte que o Governo Federal pretendia entregar à iniciativa privada por um preço baixíssimo. O que nós vamos alienar não é a participação do estado como um todo. O que nós pretendemos alienar é a parte que nós compramos que o Governo Federal vendeu. É isso que nós fizemos, só que a publicação saiu errada, falou em privatização, nós não pretendemos zerar a participação do Estado na companhia.”, finalizou.