Publicado em 07/03/2016 às 12h40.

Sete bases comunitárias de segurança são comandadas por mulheres

Bahia possui 17 bases comunitárias de Segurança; para comandante da unidade da Santa Cruz, a diferença entre os gêneros é menos acentuada na sociedade atual

Redação
Cap. PM Sheila Barbosa, Comandante da Base Comunitária de Santa Cruz. Foto: Elói Corrêa/Secom
Cap. PM Sheila Barbosa, Comandante da Base Comunitária de Santa Cruz. Foto: Elói Corrêa/Secom

 

Sete das 17 bases Comunitária de Segurança (BCS) da Bahia estão sob o comando de mulheres. É o caso da unidade do bairro do Rio Sena, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, que é comandada pela capitã Camila Soledade, que assim como suas colegas, administra a carreira militar com as atividades domésticas e a criação de sua filha de um ano.

Para dar conta de tudo, a militar acredita que não há fórmula mágica e que, para todas as mulheres em posição de liderança, cada desafio é uma forma de aprendizado. “É uma correria, eu tenho vários outros filhos na unidade, na comunidade. Tem que com jogo de cintura, sabedoria, resiliência e paciência, administrando tudo. Aos pouquinhos vai dando certo”, afirma.

Para Camila, o trabalho na base comunitária “é uma experiência gratificante”. “Aprendo muito a cada dia com todas as pessoas à minha volta e os resultados estão aí como uma forma de resposta para a gente, enquanto polícia. Se não fosse essa correria, não estaria completa”, diz.

Segundo o aspirante a oficial da PM e subcomandante da BCS de Rio Sena, Felipe Gomes, trabalhar com a capitã Camila tem sido um grande aprendizado. “Sobretudo por causa da postura e da forma como ela lida com o projetos que nós temos aqui e com a própria tropa. No trato com as crianças, ela tem uma sensibilidade, veio de uma comunidade carente e tem essa relação com a população”, contou o subcomandante.

Diferença de gênero –  Além da base do Rio Sena, as mulheres comandam as unidades de Santa Cruz, Chapada, Fazenda Coutos, Uruguai, Itabuna e Vitória de Conquista. No total, a Bahia possui 17 BCSs. Na avaliação da capitã Sheila Barbosa, chefe da unidade da Santa Cruz, a diferença entre os gêneros é menos acentuada na sociedade atual.

“Hoje a gente sabe que não existe mais a divisão ou função específica para as mulheres. Nós já estamos em todos os postos de trabalho que um dia foram destinados apenas para homens, como as policiais militares, as engenheiras e muitas outras mulheres que já romperam essa barreira”, diz.

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