Publicado em 03/12/2020 às 16h51.

Trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão são atendidos pelo Governo

Pessoas moram nas cidades de Jacobina, Várzea Nova e São José do Jacuípe

Redação
Foto: Divulgação/Setre
Foto: Divulgação/Setre

 

Vinte trabalhadores que foram resgatados em condições análogas à escravidão na região sisaleira da Bahia, são atendidos pelo Governo do Estado, na quinta (03) e sexta-feira (04). As pessoas moram nas cidades de Jacobina, Várzea Nova e São José do Jacuípe, e um grupo técnico multidisciplinar, formado pelas secretarias estaduais do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) vai identificar o perfil socioeconômico e profissional do grupo.

A atividade faz parte do Projeto Ação Integrada (PAI), cuja proposta é unir esforços para promover a transformação social, educacional e econômica das vítimas do trabalho escravo. “A próxima etapa é analisar os formulários de abordagem e pensar uma proposta de reinserção produtiva desses trabalhadores”, destaca o coordenador da Agenda Bahia do Trabalho Decente, Hildásio Pitanga.

Durante a ação, são realizadas também reuniões com secretários municipais, rede de assistência social, sindicatos dos trabalhadores rurais, associações e outras lideranças. Entre os temas que entraram na pauta estão o ciclo de trabalho escravo e as possíveis parcerias entre Município e Governo do Estado para implementação de políticas públicas de atendimento aos trabalhadores resgatados.

Projeto Ação Integrada – O PAI é uma ação que busca prevenir a reincidência do resgatado e a incidência do vulnerável ao trabalho escravo. O objetivo geral é romper o ciclo da escravidão contemporânea, criando condições efetivas de inserção social e econômica aos trabalhadores resgatados e vulneráveis ao trabalho escravo.

As atividades do PAI contemplam os seguintes pilares: trabalho articulado; empoderamento e protagonismo do trabalhador; elevação educacional; qualificação profissional; formação cidadã; acolhimento/ acompanhamento psicossocial contínuo; (re)inserção em políticas públicas de emprego e renda, iniciativas de meio de vida ou contratação direta por empresas.

Na Bahia, o Projeto conta com a participação das secretarias estaduais do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre); da Educação (SEC) e de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), além da Associação dos Magistrados do Trabalho (Amatra-5); Ministério Público do Trabalho (MPT); Tribunal Regional do Trabalho (TRT-5); Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT/BA); e Organização Internacional do Trabalho (OIT).

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