Publicado em 11/09/2024 às 17h23.

Volume de serviços prestados diminuiu, tanto entre junho e julho, quanto frente a julho de 2023

Dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11)

Redação
Foto: Manu Dias/Gov-BA

 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), o volume de serviços prestados na Bahia registrou variação negativa (-0,2%) na passagem de junho para julho de 2024, na série com ajuste sazonal (que retira do cálculo o efeito de eventos/datas recorrentes como Carnaval, Páscoa etc.). O estado voltou a apresentar queda nessa comparação com o mês imediatamente anterior, após ter registrado resultado positivo na passagem de maio para junho (2,6%).

O resultado do volume dos serviços na Bahia, de junho para julho, ficou abaixo do registrado no Brasil como um todo, onde houve alta (1,2%). Os maiores avanços ocorreram em Distrito Federal (14,8%), Rio Grande do Norte (5,0%), Alagoas e Sergipe (ambos com 4,0%). Amapá (-3,1%), Espírito Santo (-2,3%) e Tocantins (-2,2%) tiveram as piores quedas. A Bahia teve a 17ª variação entre os 27 estados. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE e foram divulgadas nesta quarta-feira (10).

Frente a julho de 2023, o setor de serviços baiano também teve variação negativa (-0,1%), voltando a cair após ter crescido em junho (2,3%). O resultado da Bahia foi bastante inferior ao nacional (4,3%) e o 8º pior entre as unidades da Federação. Dos 19 estados com altas nos serviços, nessa comparação, Distrito Federal (14,5%), Sergipe (13,7%) e Rio Grande do Norte (9,9%) registraram os maiores avanços. Por outro lado, os recuos mais intensos ocorreram em Mato Grosso (-18,5%), Rio Grande do Sul (-13,9%) e Goiás (-6,3%).

Apesar nos resultados negativos de julho, nos primeiros sete meses de 2024 os serviços na Bahia tiveram um crescimento acumulado de 0,7%. Ficaram abaixo do verificado no Brasil como um todo (1,8%), com apenas 19ª melhor taxa entre as 21 unidades da Federação que apresentaram avanços nessa comparação. Amazonas (6,9%), Santa Catarina (5,6%) e Espírito Santo (5,3%) lideraram o crescimento entre os estados.

Nos 12 meses encerrados em julho, os serviços baianos também sustentaram crescimento (2,4%). Esse acumulado segue acima do verificado no Brasil como um todo (0,9%), num cenário em que 23 das 27 unidades da Federação mantêm resultados positivos, lideradas por Tocantins (6,7%), Paraná (6,6%) e Piauí (5,6%). A Bahia tem o 14º crescimento.

 

Frente a julho de 2023, resultado negativo dos serviços baianos se concentrou nos serviços prestados às famílias

A variação negativa do volume de serviços prestados na Bahia, em julho de 2024, na comparação com o mesmo mês de 2023 (-0,1%), foi resultado de uma queda concentrada em apenas uma das cinco atividades investigadas pelo IBGE. Os serviços prestados às famílias (-8,3%) foram a única atividade a registrar recuo no mês. O segmento teve sua primeira queda após cinco meses em alta, mantendo ainda o maior crescimento acumulado no ano de 2024: 7,8%.

Por outro lado, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,2%) registraram somente o terceiro maior crescimento entre as atividades pesquisadas, mas foram a atividade que mais contribuiu para segurar a queda do setor de serviços baiano em julho. O segmento voltou a ter resultado positivo após dois meses de retração e segue em queda no acumulado no ano (-0,9%). Os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%) tiveram o segundo maior aumento e deram a segunda principal contribuição positiva em julho, para os serviços baianos. A atividade cresceu pelo segundo mês consecutivo.

A maior alta no mês foi registrada pelos outros serviços (5,3%), que voltaram a avançar, após sete meses de recuos seguidos, tendo o seu primeiro resultado positivo no ano de 2024. O segmento, porém, possui um peso menor na composição do setor de serviços do estado.

 

Em julho, serviços ligados ao turismo na Bahia têm a maior queda do país frente a junho, mas mantêm alta em relação a julho/23

 

Em julho de 2024, o volume das atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia caiu 5,8% frente ao mês anterior (junho/24), na série com ajuste sazonal. O indicador foi inferior ao do Brasil como um todo, que também recuou (-0,9%), sendo o pior resultado entre os 17 estados onde esse agregado passou a ser investigado separadamente, em julho (eram 12 estados até junho de 2024). A Bahia voltou a apresentar retração nessa comparação após ter tido alta na passagem de maio para junho (8,1%).

 

Frente ao mesmo mês do ano anterior (julho/23), porém, o volume das atividades turísticas na Bahia avançou 0,9%, completando 15 meses de altas seguidas, apesar de ter desacelerado frente ao crescimento de junho (19,4%). O resultado da Bahia ficou, porém, abaixo do nacional (1,2%), sendo somente o 9º melhor entre os 17 estados pesquisados.

Nos primeiros sete meses de 2024, o volume de serviços do turismo baiano teve alta acumulada de 7,9%, frente ao mesmo período de 2023. Nessa comparação, o estado tem o 3º maior crescimento entre os 17 estados pesquisados, abaixo apenas de Minas Gerais (9,3%) e Pará (8,8%), ficando acima do resultado nacional (1,3%). No acumulado nos 12 meses encerrados em julho, o volume das atividades turísticas na Bahia também sustenta alta de 7,9% e o 3º maior crescimento entre os estados pesquisados, abaixo apenas de Minas Gerais (10,5%) e Rio de Janeiro (8,5%), sendo superior ao índice do país como um todo (2,8%).

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