Publicado em 29/11/2024 às 16h12.

Advogado de militar preso por plano golpista afirma que cliente foi vítima de armação

A defesa também esclareceu o conteúdo do depoimento de três horas e meia que Azevedo prestou, via teleconferência, à PF

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, preso desde o dia 19 de dezembro, no Rio de Janeiro, declarou nesta sexta-feira (29) que o militar, que faz parte dos chamados kids pretos – também conhecidos como forças especiais – foi “vítima de uma armação”.

Ele é acusado de participar do plano golpista militar e o planejamento do assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado de defesa, Jeffrey Chiquini, disse que “plantaram provas a alvos específicos para essa imputação a pessoas específicas”. Chiquini afirmou que o tenente-coronel Azevedo desconhece qualquer tratativa de golpe e recebeu um telefone celular como “cavalo de Troia”.

A defesa também esclareceu o conteúdo do depoimento de três horas e meia que Azevedo prestou, via teleconferência, à Polícia Federal (PF) na quinta-feira (28). “Não é qualquer militar, é o militar que foi pinçado a dedo para que a ele seja imputada uma participação inexistente das forças especiais”, disse. “Afirmamos não ter qualquer envolvimento”, acrescentou o advogado, que aponta ter havido “uma sabotagem das Forças Armadas”, completou.

Detido pela Operação Contragolpe da PF (Polícia Federal), Rodrigo Azevedo está preso no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. As investigações apontaram uma suposta organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado. Além de Rodrigo, outros três militares das forças especiais também foram alvo da ação.

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