Alagoas: monitorar mina em risco envolve 26 sensores, equipes 24 horas e satélite

Um trabalho de monitoramento 24 horas tem sido feito para monitorar a mina, em Maceió. Diante do risco de colapso da mina 18, da Braskem, uma força-tarefa foi montada e coordenada pela Defesa Civil da cidade para verificar a movimentação do subsolo se apoia na captação de 26 sensores dos sismos (tremores), entres outros aparelhos, e uso de satélite.

A rede de monitoramento conta com 14 sensores superficiais e 12 em profundidade. Uma técnica chamada interferometria (InSAR), que recobre toda a área de interesse, aponta como está a subsidência (afundamento do terreno).

Há quatro inclinômetros, que medem a angulação das cavidades, e 13 tiltímetros, que medem as variações e inclinações desse ângulo. Há ainda três pluviômetros, para analisar as possibilidades de chuva.

A área conta com 76 receptores com Sistema Diferencial de Navegação Global por Satélite (DGNSS), que são os equipamentos que recebem os dados recentes de satélite sobre a movimentação do solo.  A equipe do centro de monitoramento tem 22 colaboradores, além do coordenador, que se dividem em turnos. O grupo é multidisciplinar e conta com engenheiros, geógrafos, geólogos e meteorologistas.

O Serviço Geológico do Brasil, órgão federal ligado ao Ministério de Minas e Energia, afirmou que o monitoramento é feito pela Defesa Civil municipal. “Somente temos acesso à rede em caráter consultivo”, declarou.

Em material distribuído pela Braskem sobre suas ações, a empresa afirma que instalou na área 16 sensores de DGPS (aparelhos de alta precisão que detectam movimentações no terreno) e 16 sismógrafos (que registram eventos sísmicos), pelo termo de cooperação assinado. A empresa diz ainda que doou sismógrafos para pesquisadores da UFRN e da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) aprofundarem a análise dos dados obtidos com o monitoramento.