Publicado em 02/05/2025 às 14h41.

Amazonas e Pará monitoram casos de mpox e reforçam medidas de prevenção

Ministério da Saúde confirma nova cepa do vírus no Brasil; estados mantêm vigilância e orientações à população

Redação
Foto: Débora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz

 

Entre os dias 1º de janeiro e 30 de abril, o estado do Amazonas registrou 63 notificações de mpox, com 33 casos confirmados e 29 descartados. De acordo com a Secretaria de Saúde do Amazonas, até o momento não houve registro de óbitos provocados pelo vírus.

Em comunicado, a secretaria destacou a importância de buscar atendimento médico em unidades básicas de saúde (UBS) ao surgirem sintomas suspeitos, como febre, lesões na pele ou cansaço excessivo, além de seguir as orientações de isolamento.

Para reduzir o risco de contágio, a pasta recomenda:

  • Evitar contato direto com lesões, erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais de pessoas infectadas;

  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel, principalmente após contato com superfícies compartilhadas ou ambientes públicos;

  • Praticar sexo seguro, utilizando preservativo e observando eventuais sinais suspeitos em si ou no(a) parceiro(a);

  • Manter a etiqueta respiratória, cobrindo nariz e boca ao tossir ou espirrar;

  • Utilizar máscaras de proteção em locais com alto risco de transmissão, como ambientes fechados e mal ventilados;

  • Preservar rigorosamente a higiene pessoal e dos objetos de uso individual.

No estado do Pará, entre 1º de janeiro e 23 de abril, foram confirmados 19 casos da doença, sendo 14 deles em Belém. Os demais ocorreram nos municípios de Ananindeua e Marituba, além de um caso importado de outro estado.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Pará descartou a existência de um surto no estado e reiterou o compromisso com medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento. “É essencial que os profissionais municipais estejam atentos aos fluxos de notificação e diagnóstico já estabelecidos, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde para evitar a propagação da doença”, afirmou a pasta.

Em março, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da cepa 1b da mpox no Brasil. A paciente é uma mulher de 29 anos, moradora da região metropolitana de São Paulo, que teve contato com um familiar vindo da República Democrática do Congo — país que enfrenta um surto da doença.

O caso foi confirmado por meio de sequenciamento genético, que identificou o genoma completo do vírus, com alta similaridade ao de casos registrados em outros países.

Segundo o ministério, até o momento não há registros de infecções secundárias. A vigilância municipal continua o rastreamento de possíveis contatos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada, e o governo federal solicitou o reforço da vigilância epidemiológica e a intensificação da busca ativa por pessoas que possam ter tido contato com a paciente.

Causada pelo vírus Monkeypox, a mpox pode ser transmitida entre pessoas e, eventualmente, por meio do contato com objetos ou superfícies contaminadas. Em regiões com presença do vírus entre animais selvagens, a infecção também pode ocorrer após interação com esses animais.

A doença apresenta sintomas variados. O mais comum é a erupção cutânea, com bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. Outros sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, fadiga e inchaço nos gânglios linfáticos. As lesões podem atingir o rosto, palmas das mãos, solas dos pés, virilha, áreas genitais e anais.

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