Publicado em 06/06/2025 às 17h10.

Amazônia registra alta de 92% no desmatamento em maio; queimadas são principais responsáveis

Do total de área desmatada no mês, 51% têm origem em incêndios florestais, 48% em corte raso e 1% em mineração

Redação
Queimadas em área de cerrado do município de Alto Paraíso | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O desmatamento na Amazônia voltou a crescer de forma alarmante em maio de 2025, alcançando 960 km², um aumento de 92% em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília.

Segundo o ministro em exercício da pasta, João Paulo Capobianco, o crescimento está diretamente relacionado às queimadas ocorridas em meses anteriores, cujos efeitos só aparecem posteriormente, quando a vegetação já seca e colapsa.

“Esse incêndio florestal de grandes proporções, relacionado a uma alteração climática, não é um desmatamento ocorrido em maio. Ele é uma floresta incendiada a tal ponto que chega agora como uma floresta colapsada”, explicou.

Do total de área desmatada no mês, 51% têm origem em incêndios florestais, 48% em corte raso e 1% em mineração. No acumulado de agosto de 2024 a maio de 2025, o crescimento do desmatamento foi de 9,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O dado representa um alerta importante para as políticas de preservação ambiental e combate às mudanças climáticas, especialmente diante do agravamento dos eventos extremos na região amazônica.

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