Bahia integra campanha cacional para coleta de DNA de familiares de desaparecidos

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia vai participar de uma campanha nacional para coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas. A ação consiste na inclusão dos perfis genéticos dos familiares no banco de perfis genéticos para posterior confronto com as amostras dos corpos não identificados ou ossadas que já deram, ou que venham dar entrada no Instituto Médico Legal (IML).

A iniciativa é promovida pela Coordenação de Genética Forense e da Rede Integrada Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) do Ministério da Justiça.

As coletas ocorrerão entre os dias 26 e 30 de agosto.

“Embora façamos essas coletas de familiares rotineiramente ao longo do ano, com essa mobilização nacional poderemos resgatar situações de familiares que já procuraram a polícia, fizeram boletim de ocorrência, mas não tiveram seu material genético coletado”, diz Luis Rogério, perito criminal de genética forense e representante da Bahia no projeto.

De acordo com a assessoria do DPT, caso um corpo seja encontrado na Bahia e os parentes realizem coletas em São Paulo, por exemplo, o banco apontará a confirmação do parentesco.

Ainda segundo Luis Rogério, durante campanha semelhante em 2021, pessoas desaparecidas entre 4 e 20 anos tiveram seus restos mortais identificados. “Embora seja uma notícia que a família não quer receber, a identificação fecha um ciclo de busca”, detalha.

Para participar da ação, familiares deverão registrar um boletim de ocorrência na polícia e, depois, comparecer ao IML/DPT munidos de documentos de identificação. No local, serão submetidos a uma entrevista feita por uma equipe de antropologia forense e posterior coleta de material biológico.

Na Bahia, 32 coordenadorias regionais de Polícia Técnica (CRPT) do interior também participarão da campanha.