Publicado em 27/03/2024 às 16h50.

Brasileiros casam mais tarde e permanecem juntos por menos tempo, diz IBGE

A partir de 2015, o Brasil passou a registrar uma diminuição do número de casamentos

Redação
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

 

Brasileiros se casam cada vez mais velhos, aponta o novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados nesta quarta-feira (27) mostram que o país registrou 970 mil casórios em 2022, o que representa um aumento de 4% de uniões comparado com 2021.

A partir de 2015, o Brasil passou a registrar uma diminuição do número de casamentos. O ritmo de queda aumentou em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, quando o país registrou a maior queda comparada com o ano anterior (-25%), de mais de 1 milhão de casórios em 2019, o país caiu para 700 mil em 2020.

Em 2021, o número de uniões subiu para 932 mil até chegar a 970 mil em 2022. Porém, segundo o IBGE, o número de casamentos ainda é inferior à média anual de 2015 a 2019, de 1,07 milhões de uniões. Os dados somam casamentos de casais heterossexuais e homossexuais. Em comparação com 2021, houve um aumento de 19,8% de casamentos civis homossexuais, de 9.202 uniões foi para 11.022.

O aumento foi maior entre casais compostos por homens (21,9%) do que entre mulheres (18,4%). A idade média entre os homens que se casaram com alguém do mesmo sexo foi de 34,3 anos, contra 32,7 anos entre mulheres. Já no caso dos casamentos entre pessoas de sexos diferentes, a ideia média foi de 31,5 anos entre eles, contra 29,1 anos entre elas.

Nordeste – A taxa de nupcialidade legal no Brasil chegou a 5,9 em 2022. Isso significa que a cada 1.000 habitantes com 15 anos ou mais, 5,9 se casaram em 2022. Esse número já chegou a ser de 12,2 em 1980, caiu para 6,7 em 2010 e para 4,5 em 2020. O Nordeste e o Sul registraram as menores taxas (5,1 e 5,3 casamentos por 1 000 habitantes, respectivamente), enquanto o Sudeste e Centro-Oeste, as maiores (6,5 e 6,7).

Em relação aos estados, Rondônia (9,6 casamentos por 1 000 habitantes) e o Distrito Federal (9) apresentaram as maiores taxas de nupcialidade. Os menores índices foram registrados no Rio Grande do Sul (4,2) e Piauí (3,4). Em relação aos casamentos heterossexuais, a idade das pessoas que se casaram em 2022 aumentou tanto para homens quanto para mulheres, independente do estado civil prévio.

Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais de idade. Em 2022, 24,1% dos casamentos civis ocorreram com mulheres nesta faixa etária. Entre os homens, um fenômeno semelhante também foi observado. Nos anos 2000, 10,2% deles tinham 40 anos ou mais. A parcela de homens desta faixa que se casaram pulou para 30,4% em 2022.

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