Publicado em 30/03/2016 às 14h20.

Cinco pessoas são suspeitas de envolvimento na morte de Beatriz

Laudo da polícia apontou, também, que o crime não ocorreu no local onde o corpo da garota foi encontrado e o crime teria sido premeditado

Redação
Beatriz Angélica Mota, 7 anos, morta dentro de uma escola em Petrolina (PE), na divisa com a Bahia. Foto: Reprodução
Beatriz Angélica Mota, 7 anos, morta dentro de uma escola em Petrolina (PE), na divisa com a Bahia. Foto: Reprodução

 

Pelo menos cinco pessoas, entre eles quatro homens e uma mulher, participaram do assassinato de Beatriz Angélica Mota, 7 anos, morta dentro de uma escola em Petrolina (PE), na divisa com a Bahia, segundo conclusão do laudo da Polícia Civil, divulgado na última terça-feira (29). A garota foi esfaqueada 42 vezes no tórax, membros superiores e inferiores e foi encontrada em um depósito de material esportivo desativado, que fica ao lado de uma quadra de esportes onde acontecia uma solenidade de formatura.

Segundo informações da Polícia Civil à reportagem do jornal Correio, o crime não ocorreu no local onde o corpo de Beatriz foi encontrado e teria sido premeditado. O laudo da perícia apontou que os suspeitos conheciam bem a escola, uma vez que as três chaves, que dariam acesso aos portões internos e externos da unidade, sumiram 10 dias antes do crime, no dia 25 de novembro de 2015, e no momento do crime, todas as lâmpadas da escola estavam desligadas.

“As lâmpadas da escola estavam todas apagadas nos corredores. Ou seja: visibilidade zero”, disse o delegado Marceone Ferreira, responsável pela investigação, ao Correio. Segundo ele, isso dificultou a gravação das imagens das câmeras de segurança.

A estimativa do investigador é de que todo o crime, desde a morte de Beatriz, o transporte e subsequente abandono do corpo dela, assim como o encontro dele, durou apenas 20 minutos. O tempo impossibilita que o autor do crime tenha agido sem nenhuma ajuda.

“A forma como ocorreu o crime aponta premeditação. A criança não foi morta no local que foi encontrada. Ela foi morta em outro local, transportada, colocada naquele depósito, em um curto espaço de tempo. É quase impossível uma pessoa decidir cometer um crime naquele momento. Ele teria de usar toda uma mágica, praticamente, para sozinho cometer isso. Decidir naquele momento fazer isso, e ninguém ver nada. Isso nos leva a crer que houve uma premeditação”, comentou o delegado Marceone.

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Mentiras – Os suspeitos, quatro homens e uma mulher, identificados pela polícia apenas como funcionários da escola, teriam mentido em depoimento e entrado em contradição. Entre os suspeitos, está um vigilante do local, que deixou o seu posto durante a festa e permaneceu 1h40 dentro de uma sala vazia. Já a mulher foi vista caminhando na direção do local onde o corpo de Beatriz foi encontrado.

“Nós temos funcionários da escola que tem muito o que explicar ainda dentro da investigação, mas é importante que se diga que ninguém está aqui confirmando que essas pessoas tiveram participação direta ou indireta. Há muitas dúvidas, muitas contradições, muitas imagens que nos levam a algumas suspeitas”, concluiu o delegado Marceone. A motivação do crime ainda não foi determinada pela polícia, e as investigações sobre o caso continuam.

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