Publicado em 23/11/2015 às 15h26.

Criado grupo interministerial para evitar avanço de microcefalia

Aumento dos casos da anomalia em bebês nascidos nos últimos três meses preocupa o governo que institui espécie de força-tarefa para conter expansão do fenômeno

Reuters
Mosquito transmissor da dengue é o mesmo que transmite o zika vírus
Mosquito da dengue transmite zika vírus, suspeito de causar a microcefalia

 

Com o aumento dos casos de microcefalia em bebês na região Nordeste e o risco do problema se expandir para o restante do país, a presidente Dilma Rousseff determinou nesta segunda-feira (23) a criação de um grupo interministerial, dirigido pela Casa Civil, para tentar impedir o crescimento dos casos e planejar uma campanha informativa sobre os riscos.

Até agora, as informações levantadas pelo Ministério da Saúde apontam para o vírus zika, transmitido pelo mosquito “Aedes aegypti” – o mesmo da dengue -, como o possível causador da microcefalia em bebês. Pesquisas feitas com mulheres grávidas cujos bebês foram diagnosticados com a má-formação no cérebro apontaram para a presença do vírus.

Apesar de não ter ainda 100 por cento de confirmação da relação entre a doença e a má-formação, o governo decidiu agir para tentar frear a expansão dos casos.

Até agora, o zika vírus circula em 14 estados brasileiros, mas os casos registrados de microcefalia até agora – 400 em três meses – se concentram no Nordeste, em especial em Pernambuco e na Paraíba.

Combate – Durante a reunião de coordenação política, na manhã desta segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, apresentou um relatório sobre as medidas tomadas até agora. Entre elas, um chamado para que cientistas de todo o país investiguem a relação entre o vírus e os casos de microcefalia.

De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, o governo deve concentrar recursos na tentativa de barrar a expansão do vírus.

“A presidente pediu que o ministro tome todas as medidas necessárias para que a gente possa, independentemente das conclusões dos estudos que estão sendo feitos, enfrentar o surto combatendo primeiro o mosquito”, afirmou. “E para que a gente possa desencadear uma campanha informativa para a sociedade. Nós não temos que criar uma situação de alarde indevido, mas a situação preocupa”, disse.

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