Publicado em 23/11/2020 às 17h47.

Defesa nega motivação racista e diz que segurança do Carrefour não teve intenção de matar

Advogado afirma que existe hipótese de a vítima ter morrido por causa de um ataque cardíaco

Redação
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

A defesa de um dos seguranças presos pela morte de João Alberto Silveira Freitas, 40, o Beto Freitas, negou motivação racista para a agressão e disse que ele não teve a intenção de matar a vítima. De acordo com o advogado David Leal, que defende o policial militar Giovane Gaspar da Silva, 24, suspeito do crime, existe a hipótese que a vítima tenha morrido por causa de um ataque cardíaco. O assassinato aconteceu em uma loja do Carrefour, em Porto Alegre (RS).

“A perícia também traz como provável causa um ataque cardíaco. Suspeita-se também que o senhor João Alberto estaria sob efeitos de entorpecentes tamanha a força que ele tinha no momento. Ele também tinha os olhos soltados e a íris expandida”, afirmou a defesa.

“O meu cliente não teve a intenção de matar. Ele não agiu por nenhum ato racista. Ele, inclusive, tem parentes negros, o pai dele é pardo, e não tem de forma alguma qualquer preconceito quanto a isso. O Brasil é um país que é preconceituoso, com toda certeza. Existe racismo, mas, analisando, concretamente, o fato não tem nada a ver com isso”, disse.

“Ele [João Alberto] foi conduzido até a saída para onde o senhor se encaminhou voluntariamente. Na saída, perto da porta, surpreendentemente, o senhor João Alberto desferiu um soco no rosto do meu cliente. Meu cliente diz que depois ele ainda acertou outro soco. Ele [Giovane] tomou dois socos no rosto”, completou. O vídeo mostra apenas um soco desferido pela vítima.

Segundo uma análise inicial feita pelo Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS), Beto Freitas morreu por asfixia. Ele foi sufocado na frente de 15 pessoas, por cerca de quatro minutos, após ter sido espancado durante dois minutos por dois seguranças.

A defesa de Magno Braz Borges, 30, também suspeito do crime, não foi encontrado para comentar o caso.

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