Publicado em 13/07/2025 às 16h30.

Desmatamento na Amazônia cresce 27% no primeiro semestre de 2025 e interrompe tendência de queda

É o primeiro crescimento semestral verificado durante o terceiro mandato do presidente Lula

Redação
Foto: Agência Brasil

 

Após registrar recuo em 2024, os alertas de desmatamento na Amazônia Legal voltaram a subir no primeiro semestre de 2025. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 2.090 km² de área devastada entre janeiro e junho, um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total foi de 1.645 km².

É o primeiro crescimento semestral verificado durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu o compromisso de zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030, uma das metas ambientais apresentadas pelo Brasil na corrida para a COP-30, marcada para novembro, em Belém (PA).

De acordo com o sistema Deter, responsável pelo monitoramento em tempo real, os estados mais atingidos foram Mato Grosso, Pará e Amazonas. Juntos, eles somaram cerca de 400 km² de área desmatada, com destaque para o Mato Grosso, que sozinho respondeu por 206 km².

O Ministério do Meio Ambiente atribuiu parte do aumento à influência dos incêndios florestais registrados entre agosto e outubro de 2024, que, segundo a pasta, ampliaram a vulnerabilidade de áreas já pressionadas por atividades ilegais.

Em contraste com os números da Amazônia, o Cerrado registrou queda de 9,8% no desmatamento no mesmo período. A área devastada caiu de 3.724,3 km² em 2024 para 3.358,3 km² neste ano, segundo o Inpe.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.