Publicado em 26/05/2016 às 15h20.

‘Eram 33 caras’, diz menina que sofreu estupro coletivo

Vítima afirmou que foi dormir na casa do namorado, na última sexta-feira, e só acordou no domingo; dois dos criminosos já foram identificados pela polícia

Redação
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Campanha que circula nas redes sociais exige punição dos envolvidos

 

A menina de 16 anos, vítima de um estupro coletivo, em uma comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro, afirmou que foi dormir na casa do namorado, na última sexta-feira (20), e só acordou no domingo (22).

“Quando acordei tinham 33 caras em cima de mim. Só quero ir para casa”, disse a adolescente à reportagem de O Globo, contando que tentou fugir várias vezes do Hospital Maternidade Maria Amélia, para onde foi levada, nesta quinta-feira (26), para fazer exames.

Muito abalado, o pai da garota afirmou que o estupro ocorreu na última sexta, no Morro São João, em Praça Seca. “Ela foi num baile, prenderam ela lá e fizeram essa covardia. Bagunçaram minha filha. Quase mataram ela. Estava gemendo de dor. Ficou tão traumatizada que só conseguia chorar”, relatou.

Ainda de acordo com informações de O Globo, dois dos criminosos já foram identificados pela polícia e terão suas prisões preventivas solicitadas. A vítima já prestou depoimento na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que apura o caso, também acompanhado pelo Ministério Público. O MP informou ter recebido 800 denúncias sobre o estupro da garota.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Marcelo Freixo (PSOL), disse que o colegiado acompanhará o caso para garantir todo o atendimento à menina. “Ontem [quarta-feira], a acompanhamos para fazer o exame de corpo de delito. Tentamos falar com ela, mas está muito abalada e sem condições de falar. Vamos garantir que ela tenha acompanhamento psicológico”, afirmou o deputado.

Por meio de nota, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CDDH) exigiu celeridade e rigor na investigação e identificação dos envolvidos no crime. “Trata-se de um ato de barbárie e covardia. A agressão a esta jovem é também uma agressão à todas as mulheres. Estamos assistindo crescente desumanização e desrespeito ao outro. As maiores vítimas têm sido as mulheres. Nossa solidariedade à jovem violentada, à sua família e à todas as mulheres”, diz o texto.

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