Publicado em 20/01/2016 às 21h20.

ET de Varginha: 20 anos depois

Caso completa 20 anos e continua presente no imaginário brasileiro

Fernando Valverde
Varginha destaca-se por ser um dos principais centros de comércio e produção de café do Brasil e do mundo, produzindo cafés de excelente qualidade, mas é conhecida mesmo pelo ET (Reprodução: Agência Brasil)
Varginha destaca-se por ser um dos principais centros de comércio e produção de café do Brasil e do mundo, produzindo cafés de excelente qualidade, mas é conhecida mesmo pelo ET (Reprodução: Agência Brasil)

Há 20 anos, na tarde do dia 20 de janeiro de 1996, duas irmãs e uma amiga cortavam caminho por um terreno baldio quando se depararam com um ser estranho: baixa estatura, franzino, cabeça desproporcional, grandes olhos vermelhos sem pupila e íris; no crânio, três protuberâncias fosforescentes. Aparentemente assustada, a criatura teria fugido matagal adentro e foi assim, que se originou a lenda do ET de Varginha, presente no imaginário brasileiro e que até hoje ainda desperta muitas dúvidas

Existem duas versões em jogo: a negativa oficial do Exército e a contestação por parte de ufólogos e testemunhas que atestam terem visto, na época, OVNIs (objetos voadores não Identificados) e seres extraterrestres no Sul de Minas.

O Caso –  Um Ovni teria caído em uma fazenda próxima à Varginha no dia 13 de janeiro. Os destroços teriam sido recolhidos pelo Exército e, no dia 20, outro artefato soltando fumaça foi avistado em direção à cidade. Logo depois, bichos estranhos são relatados próximo ao bairro Jardim Andere.  Na tarde daquele dia, as irmãs Liliane e Valquíria Silva e a amiga Kátia Xavier teriam tido um contato de terceiro grau com a criatura, ao avistarem o famoso ET de Varginha vagando pelas redondezas da pequena cidade mineira.

Seja lorota ou verdade, o ET de Varginha virou assunto internacional e colocou a cidade no mapa. O paranaense Luiz Henrique Junqueira se mudou para Varginha na década de 80. Em 1996, aos 25 anos, presenciou a histeria in loco. “No dia, foi um caos na cidade, cheio de Exército. Mas o caso foi bem abafado pelas Forças Armadas e governo”, relembra. Para Luiz Henrique, a falta de transparência sobre o caso deixou um ar de incertezas na população

Já o gestor de contratos da Secretaria Municipal de Turismo de Varginha, Gleiber Piva, concorda que o marketing do ET deveria ter sido melhor abordado. Contudo, aponta que a atual gestão da prefeitura “optou por não priorizar o ET até porque, nos últimos tempos, a arrecadação mal tem coberto as carências básicas do povo”.Muita especulação ainda ronda o caso, como a morte do Cabo da PM Marco Eli Chereze em decorrência de uma infecção contagiosa contraída em cirurgia para retirar uma pústula da axila direita, mas que acabou sendo atribuída não-oficialmente a um contato com os extraterrestres sem proteção e contribuindo para a construção do imaginário em torno da curiosa história que ainda hoje, assombra os moradores de Varginha.

 

Com Agência Brasil

Temas: et , varginha , folclore

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.