Publicado em 10/02/2025 às 07h27.

Excesso de peso e velocidade de carreta causaram acidente com 39 mortes em MG, diz relatório

Colisão com ônibus aconteceu no dia 21 de dezembro num trecho da BR-116 na cidade mineira de Teófilo Otoni

Redação
Foto: Corpo de bombeiros Militar/MG

 

O relatório técnico feito pela perícia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que a carreta, que colidiu com um ônibus e deixou 39 mortos em Minas Gerais, estava com excesso de peso, trafegava acima do limite de velocidade e era dirigida por um motorista sem descanso adequado. As informações foram divulgadas neste domingo (9) no Fantástico, da TV Globo, que teve acesso ao laudo.

De acordo com o relatório, uma das principais conclusões é que a carreta tinha dois semirreboques, transportava 16 toneladas e 261 quilos além do peso máximo permitido. Por causa disso, foi colocado um reforço na suspensão de forma irregular. Além disso, uma das travas de segurança, as alças e correntes estavam sem identificação do fabricante, impedindo de atestar a resistência e conformidade. Com base nos vídeos do laudo, ao fazer a curva, ao semirreboque de trás começou a tombar e a se soltar. Enquanto uma caminhonete passa de raspão, o ônibus acabou sendo atingido e o carro que vinha atrás bate no semirreboque e é imprensado por outro carro.

A perícia também concluiu que o veículo pesado chegou a trafegar a 117 km/h durante a madrugada do acidente. Pouco antes da colisão, a velocidade era de cerca de 93 km/h e, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o máximo permitido é 80 km/h. Por fim, as investigações apontaram que o motorista da carreta, Arilton Bastos Alves, não respeitou o horário de descanso durante a viagem que começou em Santana do Acaraú, no Ceará, e o destino final era Barra de São Francisco, no Espirito Santo.

O acidente aconteceu no dia 21 de dezembro num trecho da BR-116 em Lajinha, distrito da cidade mineira de Teófilo Otoni. O ônibus havia saído de São Paulo com destino a Vitória da Conquista, levando 45 passageiros. É a maior tragédia em rodovias federais desde 2007.

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