Publicado em 22/10/2023 às 10h00.

Exército e polícia ainda procuram 4 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra de SP

Segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, as quase 30 armas desaparecidas estavam sendo negociadas com o PCC

Redação
Foto: Polícia Civil de SP

 

Quatro das armas furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo ainda não foram localizadas. Segundo o Exército, todas são metralhadoras calibre .50. No total, 21 armas desapareceram da unidade em Barueri, na região metropolitana, sendo 13 metralhadoras de calibre .50 e oito fuzis de calibre 7,62.

Na última quinta-feira (19), conforme a Folha de S.Paulo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou quatro metralhadoras e quatro fuzis no bairro da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio, área de atuação de uma narcomilícia ligada ao Comando Vermelho.

No fim da noite de sexta-feira (20), a polícia de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, achou mais nove armas em uma espécie de lago em São Roque, na região de Sorocaba, interior paulista. Houve troca de tiros, mas ninguém foi preso.

Neste caso, foram achadas cinco metralhadoras .50 e os quatro fuzis que faltavam.

Segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, as armas estavam sendo negociadas com o PCC.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, as armas devem passar por perícia antes de serem devolvidas ao Exército.

As metralhadoras .50 que ainda não foram achadas são armamento antiaéreo. Elas são capazes de derrubar helicópteros e até furar a blindagem de tanques. Elas atiram até 550 projéteis por minutos e têm alcance de dois quilômetros.

Mas, segundo o Exército, todas as armas furtadas eram inservíveis, ou seja, não poderiam mais ser recuperadas e deveriam ser inutilizadas.

Apesar de as armas terem sido encontradas pela Polícia Civil se serem inservíveis, o Exército está mobilizado para agir. Segundo apurou a reportagem, um pelotão da 2ª CiaComMec (Companhia de Comunicações Mecanizada), de Campinas, viria na sexta-feira para o 8º Batalhão de Polícia do Exército para reforçar as operações.

O Comando Militar do Sudeste confirmou que foi ativado um centro de operações interagências, para executar as ações de emprego de tropa, com o objetivo de realizar as diligências em apoio às investigações, em qualquer parte do território nacional.

 

 

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