Publicado em 19/09/2025 às 10h38.

Flordelis teve princípio de AVC na cadeia, diz defesa

Segundo boletim médico, ela foi atendida na UPA por hérnia de disco e foi liberada sem queixa de dor

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A defesa da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, 65 anos, afirmou que ela sofreu princípio de acidente vascular cerebral (AVC) nesta quinta-feira (18) na Penitenciária Talavera Bruce, no Rio de Janeiro, onde cumpre pena. 

A advogada Janira Rocha deu as informações ao jornal O Globo nesta sexta-feira (19), alegando que entrará com um pedido na Vara de Execuções Penais (VEP) para que Flordelis seja internada em hospital particular com urgência. 

O boletim médico da UPA do Complexo de Gericinó, obtido pelo blog True Crime do mesmo jornal, não confirma os sintomas do AVC. Segundo o laudo, Flordelis deu entrada na unidade às 14h10 da quinta-feira (18) com queixas de dores na lombar, relatando sofrer de hérnia de disco e tendinite. No momento da liberação da unidade ela não sentia dor.

Veja o boletim

A pressão arterial da paciente era de 134/79 mmHg, a pulsação de 70 batimentos por minuto e a temperatura de 36,5 °C. Ela foi classificada como paciente de emergência na cor verde, que corresponde a casos de baixa prioridade ou urgência menor.

No exame físico, Flordelis estava hidratada, corada, respirando em ar ambiente e estável. O atendimento durou 10 minutos.

O que diz a defesa

“Flordelis saiu da UPA ainda passando mal, com fortes dores de cabeça, vomitando e falando com a língua enrolada. Como é que dão alta para uma mulher nesse estado?”, questionou a advogada da ex-deputada. “A própria unidade já avisou que não tem recursos para tratá-la. Vão esperar que ela morra para tirá-la de lá?”, questionou Janira.

Familiares e advogados relatam que Flordelis sofre com desmaios, convulsões, vômitos, fala enrolada e língua travada, sinais que podem indicar comprometimento neurológico e são sintomas do derrame cerebral.

Pena

Flordelis foi condenada a 50 anos de prisão por ser apontada como mandante do assassinato do marido, o também pastor Anderson do Carmo, morto em 2019. Além dela, dois filhos biológicos também cumprem pena pelo mesmo crime: Simone dos Santos Rodrigues e Flávio dos Santos Rodrigues.

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