Publicado em 07/09/2016 às 12h00.

Grito dos excluídos de São Paulo é aberto aos gritos de ‘Fora Temer’

Em Brasília, protesto segue para a Esplanada dos Ministérios com grupo de manifestantes que pedem o fim do governo e novas eleições

Redação
Foto: Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo
Foto: Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo

 

Com faixas e gritos de ordem “Fora Temer”, foi aberto por volta das 11h desta quarta-feira (7), o 20º Grito dos Excluídos na Praça da Sé, no centro de São Paulo. Além do mote permanente “A Vida em Primeiro Lugar”, o ato este ano tem como lema “Esse sistema é insuportável. Exclui, degrada e mata”.  O grito é organizado pelo Fórum das Pastorais Sociais, centrais sindicais e entidades ligadas aos movimentos sociais. “O grito, que este ano completa 22 anos em Aparecida, tem o objetivo de chamar a atenção para os problemas da falta de moradia, emprego, educação, imigrantes e refugiados”, descreve o coordenador da Pastoral Operária, Paulo Pedine.

Ao discursar no ato, a deputada Luiza Erundina, candidata do PSOL à prefeitura de São Paulo, emocionou-se ao lembrar que a maioria dos excluídos na capital Paulista é como ela, de origem nordestina. “Temos muitos moradores de rua nas cidades porque os governos nunca fizeram a reforma agrária”, disse. Com voz embargada, Erundina chegou a pedir desculpas e justificou: “Porque esse assunto me toca muito porque também sou filha de camponeses”.  Após discursos e manifestações culturais na Praça da Sé, no centro, haverá uma marcha até a igreja da Paz, no baixo Glicério, também na área central, que realiza um trabalho de acolhimento a imigrantes e refugiados.

Brasília- Um grupo de manifestantes, com cerca de mil integrantes, de acordo com os organizadores, estava concentrado por volta das 10h em frente ao Museu da República. Eles devem se dirigir para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde ocorre, nesta quarta-feira, o desfile de 7 de Setembro.   Os manifestantes organizaram uma fila e devem marchar na pista contrária ao evento oficial. O protesto começa a ganhar corpo e conta com integrantes do MST, Contag e CUT. O clima por enquanto é de tranquilidade.

Um grupo estendia quatro faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as visível para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional. Mais tarde, outros movimentos também estenderam suas faixas de protesto. Ao todo, mais de 90 entidades se posicionam contra o governo Temer e questionam a legitimidade da tomada de poder, que classificam como golpe.

“O ato faz parte de uma série de ações contra o governo. Não concordamos com as propostas para diversas áreas, como educação, comunicação”, diz Breno Lobo, integrante do movimento Juntos – Juventude em Luta.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.