Publicado em 07/10/2025 às 10h44.

Haddad confirma que governo está estudando tarifa zero nacional para ônibus

“Estamos fazendo uma radiografia do setor a pedido do presidente”, declarou o ministro da Fazenda

Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou nesta terça-feira (7) que o governo Federal está realizando um levantamento detalhado sobre o setor de transporte público urbano do país para avaliar a possibilidade de implementação de uma tarifa zero nacional. Segundo ele, o estudo foi solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está sendo conduzido pela equipe econômica. As informações são do portal InfoMoney.

“Estamos fazendo uma radiografia do setor a pedido do presidente”, disse Haddad durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC. O objetivo, de acordo com o ministro, é reunir dados para entender como o setor é financiado e quais alternativas podem ser consideradas para reduzir ou eliminar a cobrança aos usuários.

Haddad ainda detalho que, entre os pontos analisados pela pesquisa, estão o custo total do transporte público, o volume de subsídios públicos, a contribuição das empresas por meio do vale-transporte, o valor pago diretamente pelos trabalhadores, além de gargalos e oportunidades tecnológicas.

“Nós vamos perseverar nesse estudo para apresentar uma radiografia do setor e nós verificarmos quais são as possibilidades de melhorar isso que tem um apelo social muito forte”, afirmou Haddad.

Debate preocupa o mercado

A possibilidade do governo encampar o projeto da tarifa zero passou a preocupar o mercado desde a semana passada, quando o deputado Jilmar Tatto (PT) disse ao Jornal do Grande ABC que o presidente Lula havia pedido o estudo de viabilidade do projeto à Fazenda.

Na ocasião, a Bolsa recuou e o dólar subiu na contramão do exterior. Com a confirmação da análise da medida, o Ibovespa abriu em baixa e os juros DI subiram.

O temor é de um aumento de gastos diante de finanças já estranguladas do governo, que não teria atualmente espaço para acomodar uma despesa estimada em R$ 100 bilhões por ano.

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