Publicado em 09/05/2025 às 14h16.

IBGE inverte mapa-múndi e sindicato critica: ‘Em vez de informar, distorce’

A Associação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (ASSIBGE-SN) argumenta que a mudança fere a credibilidade da entidade

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

A Associação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (ASSIBGE-SN) se posicionou contra o mapa-múndi invertido lançado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (8). A ASSIBGE-SN argumenta que a criação fere a credibilidade da entidade e, “em vez de informar, distorce”.

“Trata-se de uma iniciativa que, em vez de informar, distorce; em vez de representar a realidade com rigor, cria uma encenação simbólica que compromete a credibilidade construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério, imparcial e respeitado globalmente”, diz o Núcleo Sindical Chile – ASSIBGE/SN em comunicado, que reúne os trabalhadores do IBGE da base do Complexo Chile/Horto.

Segundo matéria do InfoMoney, o mapa invertido apresenta o Brasil no centro, e o “Sul Global” na parte superior. Após o lançamento, o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, defendeu a mudança afirmando que o objetivo é ressaltar a posição de liderança atual do Brasil no papel de sede de importantes fóruns internacionais, como o Brics e o Mercosul, além da realização da COP30 em 2025.

“Não existe uma razão técnica para colocar os pontos cardeais nas direções convencionais e, portanto, a representação tradicional é tão correta quanto a representação invertida”, afirmou o órgão.

Contudo, para o sindicato, o mapa não conta com o respaldo técnico adequado e reconhecido pelas convenções cartográficas internacionais.

“Não se combate a realidade com ilusões gráficas. Colocar o Brasil no centro do mapa não resolve nada — e pode, inclusive, enfraquecer a seriedade de um projeto nacional que busca enfrentar, e não ocultar, os desafios que temos pela frente”, completa o comunicado.

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