Publicado em 12/12/2023 às 10h43.

Influencer é alvo de operação da PF contra tráfico e desvio de substância para produzir crack

O influenciador fitness Renato Cariani é sócio da empresa Anidrol, que é suspeita de integrar esquema de desvio de produtos químicos para produção de drogas

Agência Brasil
Foto: Divulgação / PF

 

Empresa Anidrol, uma indústria química localizada em Diadema, na Grande São Paulo, e tem como sócio o influenciador fitness Renato Cariani

O influenciador digital e ex-fisiculturista Renato Cariani é um dos alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (12), para apurar suspeitas de tráfico de drogas e o desvio de produto químico para a produção de crack.

Realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal, a Operação Hinsberg envolve mais de 70 agentes da PF, que estão nas ruas para cumprir 18 mandados de busca e apreensão em endereços situados em São Paulo (16), Paraná (1) e Minas Gerais (1).

Conforme o G1, o principal alvo é a empresa Anidrol, uma indústria química localizada em Diadema, na Grande São Paulo, e tem como sócio o influenciador fitness Renato Cariani. Outro suspeito é Fabio Spinola, que já foi preso por envolvimento no mesmo tipo de crime em operação da PF no Paraná. Segundo o site, a polícia encontrou mais de R$ 100 mil em espécie na casa de Spinola, que de acordo com a PF, seria o intermediador entre a indústria química e os produtores da droga.

De acordo com as investigações, o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando ‘laranjas’ para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras.

“Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação desta Organização Criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo”, informou a Polícia Federal, segundo a qual os envolvidos tinha várias táticas para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos por meio de “laranjas” e empresas fictícias.

Segundo a PF, os suspeitos responderão pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão.

 

 

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