Publicado em 05/04/2024 às 10h23.

Juíza que negou prisão de dono de Porsche condenou homem por roubo de desodorantes

Empresário, identificado como Fernando Sastre de Andrade Filho, foi indiciado por homicídio com dolo eventual lesão corporal e fuga

Redação
Foto: Polícia Civil-RJ

 

A juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Fernanda Helena Benevides Dias, que rejeitou o pedido de prisão contra condutor do Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, indicado pela morte do motorista de aplicativo, manteve em cárcere e condenou um homem que tentou roubar dois desodorantes e três garrafas de bebida de um supermercado.

Em 2022, um homem foi flagrado por seguranças do estabelecimento tentando levar os itens do local escondido na camisa. O rapaz teria sido abordado pelos seguranças e reagido. Ele foi imobilizado e encaminhado a delegacia. 

O homem declarou às autoridades trabalhar como lavador, ter endereço fixo, mas que estava desempregado e que era usuário de crack. Ele já havia sido condenado a 1 ano e 11 meses de prisão por tráfico de drogas e cumpria pena em regime aberto, argumento usado pela juíza para converter o flagrante do rapaz em prisão preventiva durante audiência de custódia.

No que tange ao tempo em que o réu se encontra preso, há prazos e atos processuais pendentes e peculiares ao deslinde da ação, devendo se aguardar em especial a juntada do laudo de exame de corpo de delito”, disse Fernanda Helena Benevides Dias à época.  

A magistrada condenou o homem a 5 anos, 5 meses e 10 dias de prisão em regime fechado. 

Nesta semana, Fernanda Helena Benevides Dias negou a prisão de Fernando Sastre de Andrade Filho após a Polícia Civil indicá-lo por homicídio com dolo eventual. De acordo com a juíza, a PC não conseguiu apresentar requisitos suficientes a prisão do empresário como: o acusado não ter endereço conhecido, responder a crime grave e atrapalhar a investigação.

Relembre o caso 

No domingo (31), o motorista de aplicativo, Orlando da Silva Viana, morreu após ter o carro atingido por um Porsche, conduzido por Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia a mais de 130km/h, na Zona Leste de São Paulo. 

Após o acidente, o empresário fugiu do local e se apresentou à delegacia após 38 horas da colisão. De acordo com testemunhas ouvidas pela PC, o rapaz dirigia em alta velocidade, tinha sinais de embriaguez e estava cambaleando.

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