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Publicado em 09/12/2025 às 15h57.

Médico alvo da PF toma posse na Academia Brasileira de Ciências; entenda

Mesmo sob investigação, baiano foi empossado em entidade científica durante cerimônia em Brasília

Redação
Foto: Divulgação

 

Nesta segunda-feira (8), o médico baiano Gabriel Almeida oficializou sua entrada na Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (ABRASCI), em cerimônia realizada no Congresso Nacional. A sessão contou com representantes da instituição, membros convidados e autoridades ligadas ao setor científico e cultural.

A nomeação marca o reconhecimento da trajetória do profissional nas áreas de pesquisa, ensino médico e produção intelectual. Durante a solenidade, Almeida assumiu a cadeira 308, que tem como patrono o cientista Luc Montagnier, Prêmio Nobel responsável pela descoberta do HIV.

Em manifestação após a posse, o médico destacou o significado da honraria: “Dia memorável. Hoje tomei posse no Congresso Nacional, em Brasília, na Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura. Honrado em ter como patrono o renomado cientista Luc Montagnier, prêmio Nobel por descobrir o vírus HIV.”

Caso de investigação pela PF

Gabriel também é alvo da Polícia Federal por suspeita de fabricar e vender ilegalmente o medicamento para emagrecimento Mounjaro (tirzepatida). A investigação faz parte da Operação Slim, que apura a atuação de uma quadrilha envolvida na produção e comercialização do remédio sem autorização sanitária e sem pagamento de patente.

Segundo a apuração, o consultório de Almeida, localizado no bairro Jardim Europa, em São Paulo, foi um dos alvos da operação. A PF aponta o médico como um dos principais nomes do esquema, que envolveria profissionais de saúde, clínicas e laboratórios. As investigações indicam que ele utilizava as redes sociais para divulgar e vender o produto e tratamentos de emagrecimento como se fossem regularizados.

A operação ocorre meses após o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) ter aplicado uma censura pública ao médico por infrações ao Código de Ética Médica, incluindo problemas em prescrições, falta de consentimento informado e falhas na elaboração de prontuários. Na época, Almeida afirmou que mantém prontuários médicos e que suas receitas são devidamente identificadas.

 

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