Publicado em 11/07/2024 às 12h25.

Militar, policial federal e ex-assessor da Secom estão entre presos no caso da Abin paralela

Durante a operação Última Milha, a PF cumpre 5 mandados de prisão e outros 7 de buscas e apreensão

Redação
Foto: Agência Brasil/Arquivo

 

Um militar do Exército, um agente da PF, um empresário e um ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro constam entre os presos pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (11), por uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal.

Conforme a CNN Brasil, o militar detido era assessor do então diretor da Abin e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Casado com uma servidora da agência, ele já havia sido alvo da PF na fase anterior da operação Última Milha, em janeiro.

De acordo com a publicação, outro preso nesta quinta (11) foi um agente da PF cedido à Abin que atuou na Casa Civil na gestão de Jair Bolsonaro, de quem foi segurança nas eleições de 2018. Ele está afastado da Polícia Federal desde janeiro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um terceiro alvo foi assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência e ⁠alvo da CPI da Covid por suposto envolvimento no chamado “gabinete do ódio”. As investigações apontam ligação entre integrantes da Secom com a chamada “Abin paralela” para criação de perfis fakes e disseminação de informações falsas contra desafetos do governo Bolsonaro.

O quarto preso é um empresário suspeito de disseminar essas fake news, que chegou a ser indiciado pela CPI da Covid. O quinto alvo ainda não foi preso e continua com mandado de prisão em aberto.

Os agentes estão nas ruas de Brasília, Curitiba, Salvador, São Paulo e Juiz de Fora (MG) para cumprir, também, sete buscas e apreensões.

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