Publicado em 03/03/2017 às 16h40.

Ministério da Saúde anuncia ampliação de público-alvo para seis vacinas

Foram contempladas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A; confira todas as mudanças

Redação

 

Foto: Reprodução/ EBC
Foto: Reprodução/ EBC

 

O Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (3), mudanças no Calendário Nacional de Vacinação de 2017. O público-alvo de seis vacinas foi ampliado: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A.

Segundo o ministério, as mudanças visam aumentar a proteção de crianças, ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir a circulação de doenças na população. Segundo a pasta, os postos de saúde de todo o país já estão com o novo calendário de vacinação para 2017.

Saiba como fica a aplicação das seis vacinas neste ano

HEPATITE A – A vacina hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos. Antes, a idade máxima era até 2 anos. Essa vacina é altamente eficaz, com taxas de soroconversão de 94% a 100%. Em países que adotaram o esquema de vacinação com uma dose, houve controle da incidência da doença, principalmente em creches e instituições semelhantes, proporcionando proteção de rebanho para a população geral. Além disso, estudos também têm demonstrado que, em cerca de 95% dos vacinados, há produção de anticorpos em níveis protetores, quatro semanas após a vacinação com uma dose.

TETRA VIRAL (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – Em 2017, para as crianças, há ampliação da oferta da vacina tetra viral, passando a ser administrada de 15 meses até quatro anos. Antes era administrada na faixa etária de 15 meses a menor de dois anos. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a tríplice viral (sarampo, Caxumba e rubéola) aos 12 meses (primeira dose) e aos 15 meses com a tetra viral (segunda dose com a varicela). Vale reforçar que em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela (semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número de casos da doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados.

HPV – Também será ofertada, a partir de 2017, a vacina HPV para meninos. Desde 2014, a vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos. Agora, o público-alvo incluirá também meninas de 14 anos. Ainda para este ano, além dos meninos, a vacina será oferecida para homens vivendo com HIV/ Aids entre 9 e 26 anos, e para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos. Desde 2015, as mulheres (9 e 26 anos) que vivem com HIV/Aids recebem a vacina.

MENINGOCÓCICA C – Também passará a ser disponibilizada a vacina meningocócica C (conjugada) para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes com 9 anos até 13 anos. A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de proteção aos adolescentes, a ampliação alcançará o efeito protetor da imunidade de rebanho; ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.

dTpa ADULTO – A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível. Com essa medida, o Ministério da Saúde busca garantir que os bebês possam nascer protegidos contra a coqueluche, por conta dos anticorpos transferidos da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença até que completem o esquema de vacinação com a vacina penta, o que só ocorre aos seis meses.

TRIPLICE VIRAL (sarampo, caxumba e rubéola) – Há a introdução da segunda dose para a população de 20 a 29 anos. Antes, a segunda dose era administrada até os 19 anos. Com a mudança, busca-se a correção da falha vacinal neste grupo e também considera a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos, cujos surtos têm acometido, principalmente, adolescentes e adultos jovens nesta faixa etária. A adoção do esquema de duas doses para esse grupo contribuirá na redução de casos da doença. Deste modo, duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos. Para os adultos de 30 a 49 anos, permanece a indicação de apenas uma dose de tríplice viral.

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