Publicado em 08/01/2025 às 21h20.

Mulher é chamada de ‘macaca’ em e-mail de cadastro da Magazine Luiza

Feito o processo indicado, a mulher recebeu a confirmação do e-mail com a saudação: "Olá, MACACA"

Redação
Foto: Reprodução

 

Uma mulher de 35 anos foi vítima de racismo, após ser chamada de ‘macaca’, em e-mail recebido da loja Magazine Luiz. O caso ocorreu no último sábado (4).

A cozinheira Susan de Sousa Sena estava realizando a compra de uma máquina de lavar pelo aplicativo da empresa e descobriu que precisava atualizar seu cadastro.

Feito o processo indicado, recebeu o e-mail com a saudação “Olá, MACACA”. “Fiz o procedimento das etapas do aplicativo para recuperar a conta. Logo, eles me pediram foto do documento, depois um reconhecimento facial. Fui recebendo os e-mails, mas não entrei porque sabia que era só confirmação. Finalizei minha compra, tive o prazo de entrega e fechei o app”, disse ela entrevista à TV Globo.

Todos os outros e-mails automáticos enviados pela empresa utilizaram o primeiro nome de Susan na saudação.

Em nota, a Magazine Luiza afirmou que “lamenta profundamente os constrangimentos sofridos pela cliente e reforça seu compromisso com o combate a qualquer tipo de preconceito ou discriminação”.

“A empresa esclarece que o fato ocorrido nada tem a ver com o processo de biometria realizado pela cliente – essa operação é feita de forma 100% digital, sem qualquer interação humana. O mesmo acontece com as mensagens de confirmação enviadas pela Magalu para os consumidores”, acrescentou o comunicado enviado à Globo.

Uma funcionária do setor de diversidade e inclusão da Magazine Luiza entrou em contato para pedir desculpa e informou que seu cadastro era de 2011 e que alguém teria registrado o sobrenome dela como “macaca” no e-mail. “Basicamente, meu sobrenome na Magazine Luiza é macaca, porque alguém colocou e ninguém viu. Meu sentimento é de revolta, angústia, ansiedade e tristeza. O racismo sempre foi muito presente na minha vida e, hoje, com tanto avanço, tanta tecnologia, tanto aprendizado referente ao racismo, a gente vê que não mudou muita coisa”, disparou a cozinheira, também em entrevista à TV Globo.

O caso foi levado e registrado no 50° Distrito Policial do Itaim Paulista, que fará a investigação.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.