Publicado em 29/10/2025 às 13h28.

Número de mortos em megaoperação no Rio sobe para 132

Segundo a Defensoria Pública, 128 civis e quatro policiais morreram após ação conjunta das forças de segurança

Redação
Fotos: Reprodução/ Redes sociais


A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou, na manhã desta quarta-feira (29), que o número de mortos após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão subiu para 132. Segundo o órgão, entre as vítimas estão 128 civis e quatro policiais.

A atualização mais que dobra o balanço oficial divulgado pelo governo do estado na terça-feira (28), que registrava 64 mortos. A operação, chamada Contenção, foi realizada de forma conjunta pelas polícias Civil e Militar e mobilizou cerca de 2.500 agentes.

Moradores e ativistas relatam que mais de 60 corpos foram retirados por civis de uma área de mata no Complexo da Penha ao longo da madrugada. Nesta quarta, a Praça da Penha amanheceu com corpos alinhados sob uma lona, em uma das imagens mais chocantes do episódio.

A ação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, tinha como objetivo combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) e cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes e líderes da facção. Entre os alvos, 30 seriam criminosos vindos de outros estados, especialmente do Pará, que estariam escondidos nas comunidades da Penha e do Alemão.

De acordo com o governo, 81 pessoas foram presas, incluindo Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão — apontado como operador financeiro do CV no Complexo da Penha e braço direito de Edgar Alves de Andrade, o “Doca” ou “Urso”, chefe da organização criminosa.

A operação também resultou na apreensão de 93 fuzis, número que se aproxima do recorde histórico de recolhimento desse tipo de arma em um único mês no estado.

Durante os confrontos, drones da polícia registraram criminosos fortemente armados fugindo pela mata da Vila Cruzeiro, enquanto traficantes utilizavam a mesma tecnologia para lançar explosivos contra agentes. O aparato policial incluiu dois helicópteros, 32 blindados e 12 veículos de demolição.

O dia da operação foi marcado por intensos tiroteios e paralisação de serviços. Escolas municipais e estaduais suspenderam as aulas, unidades de saúde interromperam o atendimento e linhas de ônibus tiveram itinerários alterados em várias regiões da capital fluminense.

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