Publicado em 19/05/2025 às 14h30.

Onça que atacou caseiro no Pantanal viverá em cativeiro permanente em SP

Animal foi transferido para o Instituto Ampara Animal, onde receberá cuidados específicos e não será exposto ao público

Redação
Foto: Reprodução/ Instituto Ampara Animal

A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalos, conhecido como Jorginho, em abril, no Pantanal, foi levada para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde viverá permanentemente em um cativeiro especialmente adaptado às suas necessidades. O felino foi capturado há cerca de 24 dias e, até então, estava sob os cuidados do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS).

Durante o transporte até o novo local, o animal permaneceu estável e chegou em boas condições. “A onça já está recebendo todos os cuidados necessários para esse momento delicado de adaptação”, informou o médico-veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto.

Segundo a organização, o recinto que abrigará o felino será ampliado com área aquática, respeitando seu comportamento natural de nadar e frequentar áreas alagadas, típicas do Pantanal. O espaço será fechado à visitação pública e terá como foco principal a recuperação física e emocional do animal, buscando garantir o maior bem-estar possível dentro do contexto de cativeiro.

“Ainda que o cativeiro nunca seja a condição ideal para um animal silvestre, reconhecemos que, neste caso específico, essa é a melhor alternativa”, afirmou Juliana Camargo, fundadora e presidente do Instituto Ampara Animal. “Nosso compromisso é oferecer qualidade de vida com respeito e dignidade à espécie. O recinto será silencioso, com estímulos naturais, sempre voltado ao bem-estar do indivíduo.”

A decisão de transferir a onça foi tomada por órgãos ambientais responsáveis.

O animal, um macho de aproximadamente nove anos, chegou ao CRAS com anemia e baixo peso, mas já apresenta sinais de recuperação. Durante o período em que esteve no centro de reabilitação, ganhou 13 quilos e passou por exames clínicos e laboratoriais.

Atualmente, o Instituto Ampara Animal abriga outras oito onças — cinco onças-pintadas e três onças-pardas —, todas resgatadas após sofrerem impactos causados por ações humanas e sem condições de retorno à natureza.

A expectativa é que o felino permaneça sob cuidados por tempo indeterminado e possa contribuir para ações de conservação da espécie a longo prazo.

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