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Publicado em 27/12/2025 às 17h52.

Onda de calor começa a perder força no Brasil a partir da próxima semana

Pico das temperaturas ocorre neste fim de semana; frente fria deve aliviar calor gradualmente

Redação
Foto: Reprodução/ assessoria

 

A intensa onda de calor que mantém o Brasil em alerta máximo neste fim de dezembro de 2025 já tem prazo para começar a enfraquecer. De acordo com modelos meteorológicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Climatempo, o auge das temperaturas está previsto para este sábado (27) e domingo (28), com redução gradual do calor a partir da próxima terça-feira (30).

Atualmente, uma massa de ar seco e quente estacionada sobre o Brasil Central impede a entrada de umidade, elevando as temperaturas para níveis até 5 °C acima da média histórica em estados como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Em áreas do interior paulista e no Pantanal, as máximas podem chegar a 42 °C nas próximas 48 horas.

O calor extremo é sustentado por um bloqueio atmosférico que começará a ser rompido com o avanço de uma frente fria vinda da Argentina, que deve alcançar o Rio Grande do Sul ainda na noite de domingo. Inicialmente, a mudança no tempo provocará queda de temperatura e chuvas isoladas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, enquanto o calor persiste nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Na sequência, a frente fria avança pelo Paraná e chega ao litoral de São Paulo, favorecendo a ocorrência de chuvas que ajudam a dissipar o chamado “domo de calor”. Na capital paulista, as temperaturas máximas devem cair de 34 °C para cerca de 26 °C. A instabilidade também alcança o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Para a virada do ano, a previsão indica temperaturas mais amenas no Sudeste, embora com risco de pancadas de chuva de moderada a forte intensidade.

Até que o alívio térmico se consolide, o Inmet mantém o Aviso de Grande Perigo (nível vermelho) para mais de 1,4 mil municípios. Entre os principais riscos monitorados pela Defesa Civil estão a baixa umidade do ar, que pode agravar problemas respiratórios e aumentar o risco de queimadas, o elevado consumo de energia elétrica devido ao uso intenso de ar-condicionado — apesar de não haver risco imediato de desabastecimento — e impactos à saúde pública. As autoridades recomendam reforço na hidratação e a suspensão de atividades físicas ao ar livre entre 10h e 17h.

Os meteorologistas alertam que, apesar da redução do calor extremo nos próximos dias, o verão de 2026 deve registrar novos episódios de ondas de calor curtas e intensas, associados ao aquecimento global e a padrões oceânicos anômalos.

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