Publicado em 07/02/2025 às 09h09.

PF abrirá inquérito para investigar atuação de facções no setor de combustíveis

A medida foi definida após reunião do Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado

Redação
Foto: reprodução do site do SindipetroBA

 

A Polícia Federal abrirá um inquérito para investigar a atuação do crime organizado no setor de combustíveis. A medida foi definida após reunião do Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, que reúne representantes do Ministério da Justiça, da PF e da Polícia Rodoviária Federal, entre outros órgãos, é o que aponta o jornal Estadão.

Segundo matéria do InfoMoney, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que foram coletados relatos de controle de organizações criminosas até mesmo em refinarias de petróleo, o que causou preocupação em autoridades estaduais e federais.

Lewandowski também pontuou que este tópico específico foi tratado pela pasta do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou que quatro usinas de etanol em recuperação judicial teriam sido adquiridas pelo crime organizado.

“O número mais exato que nos foi transmitido é de 1.100 postos (de combustíveis, nas mãos do crime organizado), mas é um número a ser apurado. Temos informações que também há refinarias e usinas de produção de etanol também sendo controladas pelo crime organizado. Essa é a preocupação que o governador nos transmitiu.”

De acordo com informações do Estadão, as quadrilhas têm diversificado seus modelos de negócio e expandido sua atuação. No setor de combustíveis, por exemplo, foi apontado a existência de um elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e com outras facções na adulteração de combustíveis.

O ministro anunciou ainda a criação de um subgrupo específico que estudará medidas normativas que visam coibir a atuação de facções no setor. Além de autoridades da área de segurança, participaram da reunião: representantes da Receita Federal, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), e do Ministério de Minas e Energia.

“O Cade já identificou a possibilidade de cartéis, tanto de cartéis que diminuem os preços como aqueles que fazem subir os preços para eliminar a concorrência”, relatou o ministro.

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