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Publicado em 27/12/2025 às 17h30.

 PF considera foragido presidente do Voto Legal após descumprimento de ordem de Moraes

Carlos Rocha é um dos dez alvos da operação; PF cumpriu mandados na Bahia

Redação
Foto: Reprodução

 

A Polícia Federal (PF) classificou como foragido, neste sábado (27), o engenheiro Carlos César Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal. Rocha é um dos dez alvos de uma nova ofensiva autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar de figuras centrais na trama investigada por tentativa de golpe de Estado e desinformação contra as urnas eletrônicas em 2022.

Agentes realizaram buscas no endereço de Rocha, em São Paulo, mas o engenheiro não foi localizado. Ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como peça-chave do chamado “núcleo técnico” da organização, responsável pela elaboração de relatórios que serviram de munição para contestar o resultado das eleições.

Em outubro, Rocha já havia sido condenado pela Primeira Turma do STF a uma pena de 7 anos e 6 meses de prisão. Os crimes incluem organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Apesar da defesa alegar que o trabalho do instituto era estritamente técnico e de auditoria, a Corte entendeu que os documentos faziam parte de uma estratégia deliberada para deslegitimar o processo eleitoral.

A operação deste sábado teve alcance nacional, com mandados cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Tocantins, Distrito Federal e também na Bahia.

A decisão de Moraes ocorre em um momento de tensão, logo após a tentativa de fuga de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF. Além de Carlos Rocha, a lista de monitorados pela PF inclui militares e ex-integrantes do governo anterior:

– Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
– Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência;
– Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça)
– Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;
– Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército.

A PF segue em diligências para localizar Rocha e garantir o cumprimento da medida cautelar.

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