Publicado em 23/12/2024 às 19h32.

Ponte entre TO e MA que caiu tinha rachaduras e fissuras, diz coluna

Desabamento deixou ao menos dois mortos e 12 desaparecidos

Redação
Foto: Reprodução/Dnit

 

A ponte Juscelino Kubistchek, que desabou no último domingo (22) e deixou ao menos dois mortos e 12 desaparecidos, já apresentava “vibrações excessivas” em de janeiro de 2020, mostra documento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) obtido pela coluna de Tácio Lorran no Metrópoles. A estrutura ligava os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O Metrópoles aponta que além disso, o Dnit viu danos no balanço lateral da ponte e irregularidades na geometria das lâminas – os pilares achatados que sustentavam a estrutura estavam tortos, e era possível ver a olho nu. Também expôs que as armaduras (ferragens) se encontravam expostas e corroídas. Haviam fissuras em todos os pilares.

“As condições atuais da OEA [Obra de Arte Especial] merecem atenção, pois verifica-se vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”, diz o termo de referência, que é baseado em um memorial de 2020.

O Metrópoles acrescenta que o Dnit anexou o termo de referência e o memorial foram anexados a um edital do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (Proarte) de R$ 13 milhões lançado em maio para contratar a empresa para fornecer estudos preliminares e executar obras de reabilitação da ponte. A licitação, todavia, fracassou, sem vencedor. No termo, o departamento mostrou que a reabilitação da estrutura era necessária para que a “integridade e segurança passem a ser compatíveis com as normas atuais”.

“A contratação que por ora é proposta tem como objetivo dar melhores condições de segurança e trafegabilidade na rodovia BR-226/230, que interliga os estados do Maranhão e Tocantins, e reabilitar e aumentar a sobrevida desse importante e histórico patrimônio público da infraestrutura rodoviária federal”, acrescentou o órgão.

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