População protesta contra a morte de jovens por policiais no RJ
Cinco jovens foram mortos no Rio de janeiro no dia 28 de novembro
Organizações da sociedade civil, parentes e amigos dos cinco jovens entre 16 e 25 anos mortos a tiros por policiais militares no sábado passado (28) em Costa Barros, na zona norte do Rio, se reuniram neste sábado (5) para protestar contra o episódio. A manifestação começou no Parque Madureira, área de lazer carioca, e seguiu até o local da chacina. No dia do crime os amigos tinham ido fazer um passeio no parque. Na volta, o carro onde estavam foi atingido por 63 tiros.
Wilton Júnior, de 20 anos, Wesley Rodrigues, de 25 anos, Cleiton Corrêa de Souza, de 18 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16 anos, e Roberto de Souza Penha, de 16 anos, morreram na hora.
O ato de paz organizado pela Associação de Moradores do Morro da Lagartixa, onde moravam os rapazes assassinados, terá uma carreata até o local do crime. A entidade cobra o apoio do governo do Estado do Rio às famílias das vítimas. “O governador (Luiz Fernando) Pezão até agora não deu nem apoio psicológico às famílias. A comunidade está cansada de tanta morte ‘sem querer’, dos policiais atirarem sem perguntar”, disse o vice-presidente da associação, Aluizio Brandão.
A mãe de Cleiton, Monica Aparecida Santana, fez um desabafo. “Senhor governador, deixe de ser covarde. Eu não estou pedindo nada, só a sua presença”, disse. “Nossa esperança é que a morte dos nossos filhos não seja em vão, que outros pais não passem por isso”, disse Carlos Henrique do Carmo Souza, pai de Carlos Eduardo, um dos jovens mortos.
O crime resultou na prisão de quatro policiais militares. Segundo testemunhas, os policiais, que haviam atendido a um chamado sobre roubo de cargas, dispararam contra os jovens antes mesmo de qualquer abordagem. A versão dos policiais é que havia um tiroteio entre traficantes no local e que um dos jovens pôs o corpo para fora do carro e atirou contra os PMs. A perícia não confirmou essa versão.
Quatro dos policiais militares foram presos em flagrante por homicídio doloso (com intenção de matar) e quatro por fraude processual. Hoje, integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a violência policial foram ao Batalhão Especial Prisional, em Niterói, no Grande Rio, para ouvir os PMs acusados da chacina.
Fundador da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa cobrou que o Estado indenize as famílias e também a reforma da Polícia Militar. “É uma polícia que mata muito e morre muito. Vítima e algoz ao mesmo tempo. Estão enviando rapazes recém saídos da Academia para que, com uma pistola na mão, deem conta de um cenário de exclusão”, criticou Costa.
A Polícia Militar informou que a Corregedoria Interna instaurou um procedimento para apurar o caso. O major Moisés Pinheiro Sardemberg, do 5ºComando de Policiamento de Área (CPA), e o capitão Daniel Florentino de Moura, do 41ºBPM (Irajá), que prestaram depoimento na sexta-feira (4), foram afastados durante a investigação. Eles são acusados de, no sábado, 28 de novembro, terem acionado a viatura para recuperar o caminhão de bebidas roubado e levado para Costa Barros, o que resultou na trágica ocorrência da morte de cinco jovens. Há suspeita de que o major estaria a serviço da empresa. Os dois oficiais foram transferidos para a Diretoria Geral de Pessoal (DGP), onde ficam lotados os policiais sem função, e poderão responder a processo administrativo disciplinar.
Posição do governo – Por meio de nota, a assessoria de imprensa do governo estadual alegou que presta assistência psicológica às famílias das vítimas desde quando aconteceu o crime. “Inclusive, na última quarta-feira, Teresa Cosentino, secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, e sua equipe receberam alguns familiares dos jovens mortos em Costa Barros. Ela determinou que as famílias fossem auxiliadas no que fosse preciso, além do início do acompanhamento psicológico”, declarou.
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