Publicado em 23/01/2025 às 17h40.

Relatório aponta ligação entre plano de golpe e blitze da PRF nas Eleições de 2022

O relatório final do inquérito foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em dezembro.

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

As investigações e relatórios produzidos pela PF (Polícia Federal) identificaram um elo entre o suposto plano de golpe de Estado e as operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal no dia do segundo turno das eleições de 2022.

Na ocasião, a abordagem resultou na parada de pelo menos dois mil ônibus no Nordeste, região onde o então candidato Lula (PT) tinha vantagem contra Jair Bolsonaro (PL). O relatório final do inquérito foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em dezembro.

O documento inclui os indiciamentos do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, formalizados em agosto, além de outros cinco indivíduos, indiciados em fevereiro de 2023.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, encaminhou o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR). A conclusão do relatório foi inicialmente divulgada pelo portal UOL e confirmada pela CNN.

A PF anexou informações de outro inquérito no relatório, conduzido pela Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, que investigava o envolvimento de servidores e diretores da PRF na época.

A conclusão deste inquérito aconteceu em fevereiro de 2024, resultando no indiciamento de cinco pessoas pelos crimes de desobediência, prevaricação, restrição ao direito de voto e omissão na tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.

Entre os indiciados estão ex-diretores da PRF e um ex-coordenador de inteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Conforme as investigações, a cúpula da PRF, liderada por Silvinei Vasques e subordinada ao então ministro Anderson Torres, teria emitido ordens ilegais para dificultar o deslocamento de eleitores do candidato Lula no segundo turno das eleições de 2022.

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