Publicado em 24/04/2025 às 09h29.

Restauração da Praça dos Três Poderes custará R$ 22 milhões, diz Iphan

Local foi alvo de vandalizações durante os ataques de 8 de janeiro de 2023

Redação
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

Representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentaram nesta quinta-feira (24) o projeto de restauração da Praça dos Três Poderes, em Brasília, que foi alvo de vandalizações durante os ataques de 8 de janeiro de 2023. O investimento total estimado para a execução das obras é de R$ 22 milhões, inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo matéria do InfoMoney, o início das obras está previsto para julho deste ano, com conclusão no segundo semestre de 2026. as principais intervenções previstas são: a recuperação completa do piso e das estruturas comprometidas, o restauro de obras de arte, da iluminação da praça e dos monumentos, além de melhorias nos sistemas de acessibilidade para pessoas com deficiência (como piso podotátil e rampas de acesso), drenagem e sinalização. Também estão previstas a instalação de novas câmeras de segurança e novos bancos.

Entre as obras que devem passar pelo processo de restauração estão: a escultura “Os Candangos”, o Museu da Cidade, as esculturas de Israel Pinheiro, de Juscelino Kubitschek e Tiradentes, o Pombal, o espaço Lúcio Costa e o Marco Brasília.

Para o presidente do Iphan, Leandro Grass, as obras vão “oferecer à praça mais conforto, mas sem desviar do seu projeto original”. Ele ressaltou que é necessário que o local “esteja seguro” e lembrou que, durante os ataques às sedes dos Três Poderes, os vândalos utilizaram as pedras portuguesas que fazem parte do piso para atacar policiais.

De acordo com o Iphan, as prioridades do que deve ser restaurado foram definidas por meio de consulta popular, que ouviu pouco mais de 100 cidadãos sobre melhorias sugeridas no local.

Após o atentado a bomba realizado em novembro do ano passado, em que um homem morreu após disparar explosivos em frente ao STF, o órgão também se reuniu com representantes da Suprema Corte, do Senado e da Câmara para discutir medidas de segurança a serem implementadas, tais como a manutenção de grades e o aumento das câmeras na região.

Além da reforma da Praça dos Três Poderes, os recursos do Novo PAC serão empregados em outros dois projetos de restauro: R$ 500 mil para o Museu Vivo da Memória Candanga e R$ 200 mil para o Catetinho, ambos em parceria com o governo distrital.

Inicialmente, a manutenção da Praça estava sob responsabilidade do governo do Distrito Federal, mas o governo federal decidiu assumir a obra após críticas feitas pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sobre o estado de conservação do local. A praça tem pedras soltas, mato crescido, estruturas quebradas e áreas manchadas.

O local é patrimônio tombado e faz parte do projeto original de Brasília, elaborado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. A restauração será a primeira, desde a inauguração da Capital em abril de 1960, que levará em conta as instalações arquitetônicas e aspectos históricos do espaço cívico.

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