Publicado em 23/05/2024 às 08h33.

Tarcísio de Freitas muda sistema de câmeras para permitir que PMs em SP acionem equipamento

Dispositivos atuais gravam de maneira ininterrupta sem que o policial precise ligá-los; especialistas criticam alteração

Redação
Foto: Fernando Nascimento/Governo SP

 

Reportagem da Folha de São Paulo informa que o novo edital para a aquisição de 12 mil câmeras para a Polícia Militar de São Paulo sofreu alterações significativas em relação ao sistema atualmente em vigor, principalmente na forma como a gravação é feita. As mudanças foram autorizadas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo especialistas em segurança pública consultados pelo jornal, o novo modelo pode trazer prejuízos para futuras investigações, ao deixar sob responsabilidade dos policiais na rua a ligação do equipamento.

Hoje a corporação conta com pouco mais de 10 mil câmeras que gravam de forma ininterrupta, sem que o policial precise ligá-las. Ele pode apenas acionar um dispositivo que melhora a qualidade da imagem e do áudio.

Com a mudança, caberá ao policial ligar a câmera para que a gravação tenha início. Além disso, uma central também poderá fazer o acionamento caso ela perceba que o agente na rua descumpriu o protocolo e não ligou o equipamento.

A Secretaria da Segurança Pública, chefiada pelo ex-PM Guilherme Derrite, justificou que no atual modelo de gravação ininterrupta muitas vezes os equipamentos acabam sem bateria durante as ações policiais. Além disso, afirmou que há um alto custo de armazenamento, embora apenas uma pequena parte do material seja aproveitado posteriormente em investigações.

A gestão Tarcísio afirmou também que o policial que não cumprir o protocolo será responsabilizado. “Todas as imagens captadas por meio dos equipamentos poderão ser acessadas de forma imediata e também ficarão armazenadas em um data center da Polícia Militar por tempo indeterminado”.

 

 

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