Tempestade derruba 177 árvores e provoca uma morte em SP
Houve também chuva de granizo em diferentes áreas da capital e uma tempestade com rajadas de vento de mais de 50 km/h

Uma tempestade com rajadas de vento de mais de 50 km/h deixou na segunda-feira (16) uma pessoa morta e pelo menos oito feridas em São Paulo. O Corpo de Bombeiros registrou a queda de 177 árvores durante a tarde, uma delas no Largo da Concórdia, região central da capital, que matou uma mulher e feriu um homem e uma criança. Na zona oeste, a marquise de uma padaria desabou, deixando dois feridos. Havia registros de falta de luz nos Distritos de Parelheiros e Grajaú, no extremo sul, e em bairros da zona oeste.
A menina de 2 anos, atingida no Largo da Concórdia, foi levada para o Pronto-Socorro da Santa Casa. Segundo os bombeiros, a criança sofreu intervenção intensa, de mais de uma hora, para recuperar sinais vitais. Às 21 horas, seu quadro era grave. Outro ferido no local foi um homem de 42 anos, socorrido pelos bombeiros, cuja situação clínica não foi divulgada.
No Viaduto do Chá, na região central, a queda de uma estrutura de vidro causou ferimentos leves em duas pessoas. O desabamento de um telhado na Rua Boa Vista, também no centro, deixou mais dois feridos leves.
Às 21 horas, cinco horas após a chegada da chuva, o cenário na região das Avenidas Professor Alfonso Bovero e Doutor Arnaldo, na zona oeste, era de destruição. Em um raio de 200 metros, cinco árvores estavam no chão. Quase toda a área estava sem luz, com exceção da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que tem gerador. Nem por isso, o padre deixou de sentir o estrago. “O fio de alta tensão queimou e clareou até o quarto onde durmo”, contou José Maria Botelho, de 47 anos.
Os moradores caminhavam com lanternas para conferir danos. “Em 30, 40 segundos, veio um vento muito forte que parecia um tornado. Na hora não dava para enxergar nem um metro adiante”, contou o comerciante Antonio Nunes, de 51 anos.
Susto. Pouco adiante, no Sumaré, a marquise da Padaria Real desabou, deixando mais dois feridos leves. Segundo o gerente da Real, João Pereira dos Santos, de 45 anos, a tragédia poderia ter sido maior, se a ventania tivesse acontecido em um dia de maior movimento. “Acho que nem foi nem um minuto e caiu tudo”, diz. Uma banca de jornal na frente da padaria desabou durante o vendaval.
Perto, na Avenida Sumaré, uma árvore caiu sobre a pista na altura do 1.180. Diarista de um apartamento, Maria Eugênia da Silva, de 39 anos, tinha acabado de sair do trabalho. “Foi um susto. A Prefeitura deveria cuidar melhor dessas árvores. Toda chuva mais forte acontece isso”, criticou.
Em Perdizes, na zona oeste, a farmacêutica Luciana Souza, de 33 anos, chegava em seu apartamento pouco antes das 18h quando a rajada de vento começou, acompanhada de chuva. “Tive de subir sete andares de escada porque a luz acabou. Quando cheguei ao apartamento, o quarto e a sala estavam alagados. Tinha deixado as janelas fechadas, mas acho que o vento foi tão forte que abriu frestas, por onde a água entrou. Cheguei a pensar em tornado.” A farmacêutica entrou em contato com a Eletropaulo e foi informada que a energia só seria restabelecida às 6 horas de hoje.
Houve também chuva de granizo em diferentes áreas da capital. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), apesar do vento intenso, as chuvas foram rápidas e não causaram pontos de alagamento na cidade. O CGE registrou 12 rajadas de ventos entre a madrugada e a tarde de ontem, com velocidades variando de 30,5 km/h a 57,4 km/h. Nessa velocidade final, as rajadas são capazes de derrubar grandes árvores e destelhar casas, de acordo com a Escala Beaufort de classificação de ventos.
O vendaval foi registrado nos Aeroportos de Congonhas (zona sul), Campo de Marte (zona norte) e Cumbica (Guarulhos), além dos bairros de Santana (zona norte), Lapa (zona oeste) e Vila Mariana (zona sul). “Quando há a aproximação de uma frente fria, os ventos ficam mais fortes por causa das diferenças de pressão e temperatura. Mas percebemos que a ocorrência de rajadas foi maior do que o normal”, afirmou o técnico em meteorologia do CGE Adilson Nazário.
Mais notícias
-
Brasil22h00 de 03/12/2025
Violência digital atinge 8,8 milhões de brasileiras em um ano, aponta levantamento
Dados integram a nova edição da Pesquisa Nacional de Violência Contra a Mulher
-
Brasil21h20 de 03/12/2025
Mercado de café segue pressionado apesar de alívio com suspensão de tarifas nos EUA
Fatores estruturais mantêm o cenário de oferta apertada e preços sustentados no curto prazo
-
Brasil16h18 de 03/12/2025
Desembargador e representante anunciam paralisação de caminhoneiros
A ação foi divulgada através das redes sociais
-
Brasil15h42 de 03/12/2025
Câmara aprova isenção de IPVA para veículos com mais de 20 anos
Medida não alcança micro-ônibus, ônibus, reboques e semirreboques, que continuam sujeitos à tributação
-
Brasil15h25 de 03/12/2025
CNH de ‘bom condutor’ será renovada automaticamente; entenda
O anúncio foi feito pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta quarta-feira (3)
-
Brasil20h20 de 02/12/2025
BNDES libera R$ 9,7 bi para exportadores afetados pelo tarifaço dos EUA
Números constam em um balanço divulgado pela instituição
-
Brasil13h45 de 02/12/2025
Mega-Sena sorteia prêmio acumulado em R$ 3,5 milhões nesta terça (2)
No concurso do último sábado (29), uma aposta da capital paulista levou sozinha o prêmio de mais de R$ 27 milhões
-
Brasil12h23 de 02/12/2025
Apostas online e jogos de azar geram prejuízo de R$ 38,3 bilhões ao Brasil, diz estudo
De acordo com a pesquisa, Brasil tem mais de 17,7 milhões de apostadores em atividade
-
Brasil11h21 de 02/12/2025
Número de falsas ameaças de bomba em aeroportos no Brasil crescem 68% em 2025
37 ocorrências foram registradas entre janeiro e outubro de 2025, contra 27 casos em 2024
-
Brasil14h03 de 01/12/2025
Regras para tirar CNH mudam e autoescola deixa de ser obrigatória; entenda
Resolução aprova novas regras e elimina prazo de validade do processo de habilitação











