Publicado em 19/08/2016 às 07h50.

Universal é investigada por obrigar pastores a fazer vasectomia

Igreja não admite o uso da prática de esterilização e se recusa a assinar o compromisso proposto pelo MPT

Redação
Templo Salomão, sede mundial da Igreja Universal do Reino de Deus. Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
Templo Salomão, sede mundial da Igreja Universal do Reino de Deus. Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

 

Depois de ser acusada por um ex-bispo de manter um esquema de evasão de divisas internacional, a Igreja Universal do Reino de Deus poderá ter que se explicar sobre outra acusação na Justiça. O Ministério Público do Trabalho (MPT), em Osasco, São Paulo, investiga a acusação de que pastores e bispos da igreja sejam obrigados a se submeterem a vasectomias.

A Universal não admite o uso da prática de esterilização e se recusa a assinar o compromisso proposto pelo MPT.  Numa audiência, a igreja afirmou saber de dez processos contra ela e que filhos dificultam o trabalho das lideranças de “propagar o evangelho pelo mundo”, mas que a decisão de tê-los ou não é livre.

O caso também está em apuração na área criminal, iniciada a partir de uma derrota da igreja no Tribunal de Justiça, com a condenação para indenizar em R$ 150 mil um pastor que disse ter sido obrigado a fazer a cirurgia como condição para exercer a função.

A defesa da igreja, no entanto, mantém a versão de recusa das denúncias. “A acusação é desmentida facilmente pelo fato público e notório de que grande parte de nossos bispos e pastores têm filhos”, afirmou por nota.

Com informações da coluna de Mônica Bergamo, Folha de S. Paulo.

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