Publicado em 11/04/2025 às 10h43.

Presídio de Igarassu tem laboratório de drogas e festa regada a pagode e bebidas; assista vídeo

Na terça-feira (8), o ex-secretário da unidade foi preso em operação da Polícia Federal

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Vídeos revelam o funcionamento de uma “fábrica” de drogas, festas regadas a bebidas alcoólicas e fardos de dinheiro dentro do Presídio de Igarassu, no Grande Recife. As imagens foram obtidas durante operação La Catedral, que investiga um esquema de corrupção e regalias para presos na unidade.

Nas gravações, é possível ver o laboratório de drogas funcionando no Espaço Cultural do presídio, com vasilhas contendo crack e panelas em uso para a produção do entorpecente. Um fogão também era usado na fabricação. Segundo a PF, as drogas eram negociadas pelo preso Lyferson Barbosa da Silva e abasteciam pontos de tráfico em Pernambuco.

Outros vídeos mostram um pagode nos corredores da prisão, com músicos, instrumentos, mesas, garrafas de gin, whisky e energéticos. As imagens ainda exibem fardos de cigarros, cervejas e grande quantidade de dinheiro em espécie.

Na terça-feira (8), a PF prendeu André de Araújo Albuquerque, ex-secretário executivo de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, suspeito de integrar o esquema. Segundo as investigações, ele recebia propina em troca de benefícios para detentos, como festas dentro do presídio, entrada de garotas de programa e facilitação de transferências para outras unidades.

Ainda segundo a PF, o grupo adulterava documentos para reduzir penas e liberar presos, fraudando comprovantes de trabalho e de leitura de livros — atividades que garantem abatimento de pena.

Entre os beneficiados, um dos detentos que conseguiu liberdade condicional foi recapturado há cerca de dez dias em Patos (PB), na segunda fase da operação.

A PF também descobriu que, dentro do Presídio de Igarassu, havia comércio de “apartamentos” destinados a presos. Lyferson da Silva, que tinha três desses espaços antes de ser transferido para o presídio de Itaquitinga, chegou a instruir um parente, por carta, a vender os imóveis por valores entre R$ 60 mil e R$ 80 mil cada. Em um dos cômodos, os agentes encontraram uma televisão de 80 polegadas.

Veja o vídeo:

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