Publicado em 04/03/2025 às 10h17.

Bloco Muzenza leva cultura e resistência ao circuito Dodô

Bloco afro desfilou sob o ritmo de sua nova música de trabalho, ‘Bagaceira Jamaicana’, que conta a história de resistência do país africano

Redação
Fotos: Bruno Hierro/GOVBA

 

Um dos mais tradicionais do Carnaval da Bahia, o Muzenza desfilou na noite desta segunda-feira (3) no circuito Barra-Ondina sob o ritmo de sua nova música de trabalho, ‘Bagaceira Jamaicana’, que conta a história de resistência do país africano.

Vocalista do grupo e compositor de grandes sucessos da axé music, como ‘Faraó’, Luciano Gomes, destaca a grande contribuição do bloco afro para a história da música brasileira. “A contribuição do Muzenza para o Carnaval da Bahia durante esses 40 anos é ter lançado diversas músicas conhecidas no Brasil e no mundo”, opinou, reforçando os conceitos de paz, igualdade e resistência do grupo.

Para o presidente da entidade, Jorge Santos, o surgimento do Muzenza colaborou com a mudança da forma e do estilo de música ouvido pelos baianos na década de 80, com a introdução do samba-reggae nas composições.

“Antes dos blocos afro, na Bahia. só se ouvia música internacional ou MPB”, lembrou, ao citar como exemplo ‘Swing da cor’ e ‘Brilho e beleza’. Com letras que reforçam a resistência do povo negro, o Muzenza mostrou toda sua beleza, encantando também a pipoca e, principalmente, os visitantes.

Presença confirmada de muitos carnavais, a autônoma Jane de Jesus tem um verdadeiro caso de amor com o bloco. Foi atrás do trio do Muzenza que conheceu o atual esposo, um dos cantores do grupo afro, George Chocolate. Desde então, são 22 anos atrás do trio de samba-reggae. “Todo ano [estou aqui] e não só por ele, mas é um tambor que chama, é uma batida, é inexplicável. É muito bom. Está na raiz e no sangue, é a África na Bahia.”

 

 

 

 

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