Publicado em 10/02/2024 às 19h56.

‘Em Salvador, ainda existe um apartheid muito grande’, critica Vovô do Ilê

"Carnaval não é mais coisa para amador, Carnaval hoje se chama carnanegócios", ressaltou o fundador do bloco afro Ilê Aiyê

Carolina Papa / Matheus Morais
Foto: Jorge Jesus/ bahia.ba

 

O fundador e presidente do Ilê Aiyê, bloco afro mais antigo do Brasil, Vovô do Ilê, exaltou os 50 anos da agremiação na noite deste sábado (10), mas afirmou que ainda existe um “apartheid” muito grande em Salvador.

“É interessante. Quando esses valores pagos pela Prefeitura de Salvador e Governo da Bahia) forem equiparados aos valores pagos aos artistas brancos, aí vai ficar bom. Em Salvador, ainda existe um apartheid muito grande. Carnaval não é mais coisa para amador, Carnaval hoje se chama carnanegócios”, pontuou em entrevista ao bahia.ba, durante a saída do Ilê Aiyê, na Senzala do Barro Preto.

Para Vovô, as cinco décadas do Ilê é uma data que precisa ser comemorada, já que o bloco promoveu uma verdadeira transformação no Carnaval da Bahia. “O llê foi o primeiro bloco afro que deu origem a todos os outros no Brasil. Tanto no Brasil, na Europa, é um momento muito especial. Fizemos uma transformação efetiva no Carnaval da Bahia, também com uma participação mais efetiva do povo negro. é para se comemorar”, disse

Carolina Papa

Jornalista. Repórter de política, mas escreve também sobre outras editorias, como cultura e cidade. É apaixonada por entretenimento, música e cultura pop. Na vida profissional, tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, redação e social media.

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