Publicado em 06/03/2025 às 11h52.

Número de ocorrências médicas no Carnaval 2025 caiu 12,5% em relação ao ano passado, diz Sesab

A secretaria divulgou os dados referentes a folia deste ano

Redação
Foto: Leonardo Rattes / SaúdeGOVBA

 

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgou os números da saúde no balanço do Carnaval de 2025. O relatório aponta, entre outros dados, para uma redução de 12,6% no total de ocorrências médicas ocorridas nos circuitos do Carnaval, numa queda de 127 atendimentos em 2024, contra 111 em 2025.

“Nós montamos a estrutura necessária para realizar todos os atendimentos necessários, com três mil plantões extras nos hospitais do estado, mas só temos a comemorar essa redução, ainda mais que os números apontam para um Carnaval com mais público que em 2024. Isso mostra também como o trabalho de prevenção e policiamento da Secretaria de Segurança Pública reflete positivamente na saúde”, avalia a titular da Sesab, Roberta Santana.

No total, 75% dos atendimentos (84) no Carnaval ocorreram no Hospital Geral do Estado (HGE). Foram três atendimentos no Hospital Menandro de Faria, cinco no Hospital Eládio Lasserre, um no Iperba, quatro no Hospital do Subúrbio, um no Hospital Geral Roberto Santos, um no Hospital Geral Ernesto Simões Filho, um na UPA de São Caetano, um na Maternidade Tsylla Balbino, dois no Hospital 2 de Julho, cinco na Unidade de Emergência de Cajazeiras e dois na Unidade de Emergência do Curuzu. Sete unidades que realizaram atendimentos em 2024 não registraram casos em 2025.

Prevenção às ISTs

Como parte do projeto “Camisinha Tá Na Mão”, realizado pela Sesab em parceria com a Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), foram distribuídos gratuitamente mais de 1,3 milhão de preservativos internos e externos durante o Carnaval na Bahia, em Salvador e no interior do estado, quase 450 mil unidades a mais que em 2024 (845 mil).

Também através da Sesab, a gestão estadual atendeu 4.671 pessoas e realizou 18.201 testes rápidos de ISTs, como HIV, sífilis e hepatites (B e C), em postos montados em Salvador, Rio de Contas e Porto Seguro. Durante a folia na capital, foram realizados 3.172 atendimentos e 10.828 testes, resultando em 38 positivos para HIV, 8 para hepatite B e 16 para hepatite C, além de 297 pessoas positivadas para sífilis, sendo que 74 delas optaram por iniciar o tratamento no próprio estande, com a aplicação da penicilina benzatina (Benzetacil).

No município de Rio de Contas, o número de atendimentos chegou a 1.004 e os testes a 4.898, sendo registrados 3 testes positivos para HIV, zero para hepatite B e hepatite C, e 34 para sífilis. Destes últimos, 13 decidiram começar o tratamento no local. Já em Porto Seguro, com 495 atendimentos, positivaram 4pessoas para HIV, zero para hepatite B, 3 para hepatite C, enquanto 38 testaram positivo para sífilis, com 12 delas iniciando o tratamento no próprio posto.

Acolhimento a mulheres vítimas de violência

O Serviço de Atendimento às Mulheres Expostas à Violência Sexual, localizado no Hospital da Mulher, no Largo de Roma, em Salvador, com o objetivo de acolher mulheres cis e trans, a partir de 12 anos, que tenham sido expostas a situações de abusos e violência sexual, não teve qualquer ocorrência registrada proveniente do circuito da festa.

Corregedoria

A Corregedoria da Saúde também esteve em ação durante o período carnavalesco, tendo inspecionado 12.899 profissionais a fim de aferir as escalas de plantão em unidades de saúde na capital e no interior.

Hemoba

Ao longo do período de Carnaval, com horários especiais nos postos de coleta, a Hemoba esteve aberta na capital e no interior do estado para receber doadores de sangue e atender a demanda de hemocomponentes das unidades hospitalares. Este ano, 717 bolsas de sangue foram coletadas na Bahia.

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